Após confronto com Alexandre de Moraes, Bolsonaro nega ordens do STF; isso é permitido?

Durante um discurso em manifestação na Avenida Paulista durante a celebração do Dia da Independência do Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez declarações de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das falas, o chefe do Executivo Federal, mencionou que não cumprirá ordens do ministro Alexandre Moraes.

Após confronto com Alexandre de Moraes. Bolsonaro nega ordens do STF; isso é permitido?
Após confronto com Alexandre de Moraes. Bolsonaro nega ordens do STF; isso é permitido? (Imagem: FDR)

O STF não foi o único alvo dos ataques de Bolsonaro, que também desacatou governadores, prefeitos e demais integrantes do sistema eleitoral brasileiro. O principal argumento utilizado por Bolsonaro foi as medidas preventivas contra a Covid-19.

“Dizer a vocês, que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais.”

Acredita-se que o ataque de Bolsonaro tenha ocorrido em virtude do inquérito de fake news aberto pelo ministro Alexandre de Moraes. A atitude do ministro foi tomada em virtude de um pedido aprovado por unanimidade por todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os quais acreditam que Bolsonaro tenha compartilhado informações falsas, sobretudo, durante as eleições. 

Na última segunda-feira, 6, o ministro também determinou prisões, buscas e apreensões contra cidadãos envolvidos em atos antidemocráticos. Ao que tudo indica, as últimas ações do líder partidário foram o ápice para Bolsonaro, que sugeriu que ou o ministro se enquadra ou ele pode deixar o cargo. 

Em resposta, o STF publicou uma nota informando que em breve se manifestará sobre as falas recentes de Bolsonaro através do presidente da casa, o ministro Luiz Fux. A declaração deve ser feita nos primeiros momentos da sessão da Suprema Corte.

Em meio às últimas declarações, Bolsonaro voltou a clamar pelo voto impresso após derrota na Câmara dos Deputados. Para ele, é preciso preservar a democracia mediante o sistema eleitoral, o que, segundo ele, não tem acontecido com o voto eletrônico. 

Por fim, em meio a tantos ataques, o presidente voltou a dizer que não será preso, tal como clama a oposição. “Preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas, que eu nunca serei preso”, assim ele encerrou o discurso aos seus apoiadores.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.