Fim do programa de redução de salário; quando trabalhador volta a receber integral?

Programa que regulariza cortes de salário é encerrado. A partir do próximo dia 30, o governo federal dará fim ao BEm. Ele foi criado durante a pandemia do novo coronavírus para permitir que os empregadores reduzissem em até 70% a fonte de renda de seu servidor. Mais de 634 mil pessoas serão afetadas.

Fim do programa de redução de salário; quando trabalhador volta a receber integral? (Imagem/Reprodução: O Dia)
Fim do programa de redução de salário; quando trabalhador volta a receber integral? (Imagem/Reprodução: O Dia)

Um ano e meio após a chegada do novo coronavírus, os trabalhadores brasileiros deverão voltar a receber seus salários de forma integral. Isso porque, o BEm, que regularizava o corte orçamentário, será encerrado no fim deste mês.

Detalhes sobre o BEm

De acordo com o governo federal, o projeto foi criado com a finalidade de reduzir o número de demissões diante da pandemia do novo coronavírus.

Com a justificativa de minimizar as despesas das empresas, cortando o salário do trabalhador, o ministério da economia flexibilizou uma série de direitos trabalhistas.

O cidadão pode ter reajuste em sua jornada de trabalho e em seu salário de 20% a até 70%. O valor retirado vinha sendo parcialmente pago pelo governo federal, como uma espécie de seguro desemprego extra.

No entanto, o cidadão tinha ainda a quantia de suas férias e até mesmo seu FGTS e INSS comprometido, uma vez em que o recolhimento também foi flexibilizado.

Balanço do BEm

De acordo com os dados do ministério da economia, foram assinados 3.247.672 milhões de acordos de redução de salário e jornada, com 2.592.354 milhões de trabalhadores inseridos no programa e 634.125 mil empregadores beneficiados com a medida.

Com o fim do projeto, espera-se que os indicativos de demissões voltem a subir. No entanto, é válido ressaltar que o empregador precisa cumprir o período de até 90 dias para efetuar o desligamento de seu colaborador.

Para quem teve um corte por mais tempo, o prazo para demissão também é amplificado. De modo geral, o cidadão precisa passar o mesmo tempo na empresa que a duração da modificação e seu contrato.

Em caso de descumprimento dessa regra, sendo a demissão efetivada, o empregador será cobrado através de uma multa com o valor do salário integral que deveria ser pago.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.