Inep quer terceirizar banco de questões aplicadas na prova do ENEM

INEP analisa possibilidade de terceirização da revisão e questões elaboradas pelo Banco Nacional de Itens (BNI), responsável pela elaboração do ENEM. No entanto, de acordo com os servidores do órgão essa ação pode diminuir a segurança da prova.

Inep quer terceirizar banco de questões aplicadas na prova do ENEM
Inep quer terceirizar banco de questões aplicadas na prova do ENEM (Imagem/Reprodução: Alfa Concursos)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais analisa terceirizar a revisão e elaboração das questões que usa nas suas avaliações.

O chefe da Diretoria de Avaliações da Educação Básica (Daeb), Anderson Soares Oliveira, enviou um documento apenas aos servidores do órgão em que solicita que até o dia 31 de agosto seja entregue uma análise sobre a possibilidade.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, o BNI não é responsável apenas pelas questões do Exame Nacional do Ensino Médio, mas também para o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), entre outros.

Terceirização das questões do ENEM

Pode parecer algo simples, mas a terceirização pode ocasionar dois grandes problemas para o ENEM, alertam alguns servidores.

O primeiro é a possibilidade de interferência na prova, destacamos que em diversos momentos durante o governo Bolsonaro, os presidentes que assumiram o INEP tentaram interferir nos itens.

Até mesmo o Ministro da Educação já deu declarações quanto ao seu desejo de acessar o conteúdo das provas antes delas serem aplicadas.

Além disso, existe a possibilidade de que a segurança seja afetada com a terceirização.

Vale lembrar que já enfrentamos problemas com a segurança das provas do ENEM, em 2009, por exemplo, houve um vazamento que comprometeu a aplicação do exame.

Enquanto há esse debate, o que os servidores têm pedido há anos é um maior investimento no BNI.

Mesmo com o número de itens sendo sigiloso, os trabalhadores já afirmaram várias vezes que ele é pequeno.

Inclusive, em 2016 o então presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues, fez uma “limpa” e excluiu 66 questões.

O ENEM sempre foi um território livre para as ideias, abordando diversos temas, que inclusive são necessários de serem debatidos, mas os dias do exame nesses moldes podem estar contados.

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