O que é o Talibã? Entenda impactos mundiais do grupo no Afeganistão

Após 20 anos de sua expulsão pelas forças ocidentais lideradas pelos Estados Unidos, os insurgentes Talibã tomaram o controle de praticamente todo o Afeganistão e retornaram à capital, Cabul. As maiores cidades do país já estão sob o comando do grupo que é um misto de seita fundamentalista islâmica com guerrilha. Entenda o que é Talibã e como isto afeta a economia.

O que é o Talibã? Entenda impactos mundiais do grupo no Afeganistão
O que é o Talibã? Entenda impactos mundiais do grupo no Afeganistão (Imagem Getty Images)

Talibã

Talibã quer dizer “Estudantes” em pashto (uma das línguas faladas no Afeganistão). O grupo de orientação sunita, surgiu em 1994 formado por ex-guerrilheiros conhecidos como mujahidin, que integraram o confronto com as forças soviéticas no pais, que contou inclusive com apoio dos EUA.

O objetivo do Talibã desde sua fundação é impor uma lei islâmica que os integrantes interpretam de sua maneira.

A ascensão do grupo foi rápida e eles atingiram seu objetivo já em 1996 quando capturaram Cabul.

O Talibã é liderado por Mawlawi Haibatullah Akhundzada, um clérigo religioso sênior da geração fundadora do Talibã.

Como fica o impacto na economia?

A analista de economia da CNN, Priscila Yazbek, disse que os especialistas consideram pequenas as ligações do Afeganistão com o mercado, pois o país não possui muitas empresas globais.

Porém os temores de que o país volte a se tornar um alvo de ataques terroristas, causando tensões no Oriente Médio e aumentando a volatilidade dos mercados, preocupa.

A retomada do poder pelo Talibã é visto como uma exposição das falhas nas decisões da Casa Branca e que alimentam uma das mais importantes dúvidas do mercado mundial: se é possível que os chineses ocupem o lugar dos Estados Unidos como superpotência global.

Ainda é avaliado pelos analistas os impactos da situação, porém, se a tese da China se sobrepondo aos EUA tomar força, no médio prazo, ativos americanos podem sofrer pressão e os títulos da China podem ser favorecidos. As tensões no Oriente Médio também podem pressionar o petróleo e títulos russos.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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