Lista de alimentos que ficarão mais caros após forte frente fria no país

Baixa nas temperaturas climáticas deve afetar o bolso do brasileiro. Além de se preocupar com o novo coronavírus e os desdobramentos da inflação ampliada pela instabilidade política, o trabalhador agora teme a permanência de geadas e fortes chuvas. Produtores agrícolas afirmam que o frio deverá encarecer alguns alimentos.

Lista de alimentos que ficarão mais caros após forte frente fria no país (Imagem: Jornal Boa Vista)
Lista de alimentos que ficarão mais caros após forte frente fria no país (Imagem: Jornal Boa Vista)

Ao longo das últimas semanas o país vem registrando quedas de temperaturas históricas. No Sul e no Sudeste, há regiões onde foram registrados menos de 8 graus.

Até mesmo no Nordeste, estados conhecidos pelo calor do litoral, como Pernambuco, vêm vivenciando dias mais frios. Com isso, espera-se que os alimentos fiquem mais caros.

Porque o clima deve aumentar o preço dos alimentos?

A principal motivação do aumento no valor dos produtos tem a ver com a colheita e possibilidade de prejuízos nas safras. No Sul de Minas e no Cerrado, por exemplo, diversos cafezais foram atingidos pelas geadas, afetando assim a distribuição do grão para demais regiões do país.

Com isso, 60 quilos de café vêm sendo comercializado por R$ 1.000. Além do grão, há outros produtos relacionados com a fruticultura, a cana-de-açúcar, a produção de hortaliças, de grãos e as pastagens que também deverão ter reajustes nos seus preços.

De acordo com a Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), até o momento os hortigranejeiros tiveram um aumento de 11,7% apenas entre 1 e 26 de julho.

Especialistas explicam situação do mercado

Chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, explica que as geadas e demais frentes frias inviabilizam a produção de alimentos mais sensíveis. Tomate, quiabo, abobrinha, berinjela, frutas e pimentão, entre outros, passaram a ser comercializados em menor quantidade.

“As geadas trazem um prejuízo muito grande. As baixas temperaturas prejudicam a produtividade e pode haver queda na oferta. Ainda não foi possível estimar o impacto total na oferta, porque ainda estamos registrando geadas nas áreas produtoras, mas a estimativa é que em julho a oferta fique cerca de 5% menor que em junho”, explicou o representante da Ceasa.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.