Golpe da maquininha: grupo de taxistas são investigados por roubo

No Rio de Janeiro, a Polícia Civil está investigando uma quadrilha de taxistas que vem adulterando nos últimos dois anos, as maquininhas de cartão para aumentar o preço das corridas. Saiba mais sobre o golpe.

Golpe da maquininha: grupo de taxistas são investigados por roubo
Golpe da maquininha: grupo de taxistas são investigados por roubo (Imagem G1)

A fraude acontece da seguinte forma: o taxista coloca uma película escura na tela da maquininha e diz que o equipamento está com problema.

Com isso, ele mostra o preço real da corrida em seu celular para o passageiro e afirma que o telefone está conectado à maquininha, convencendo a vítima a digitar a senha. 

O Sindicato dos Taxistas afirma que repudia o comportamento de motoristas que aplicam golpes e disse que, em 90% dos casos, eles são provenientes de taxistas não legalizados.

O sindicato disse ainda que a apuração dos casos é responsabilidade da prefeitura e solicitou mais transparência nos processos disciplinares.

Prejuízos 

Na semana passada, Cristiano Lopes Carvalho foi preso pela suspeita de adulterar o preço da corrida para duas passageiras, entre elas uma idosa com mais de 70 anos.

Após o caso ser divulgado, cerca de dez vítimas do mesmo golpe compareceram à delegacia  para registrar o crime. Uma delas teve um prejuízo de R$ 3 mil.

“Eu perguntei: ‘Olha só, sua maquininha, o visor não está claro aqui o valor para mim. Antes de colocar a senha, eu preciso ter certeza do valor’. Ele me mostrou neste celular o valor: ‘Olha, R$ 12,10. Está aqui certinho o valor. A senhora pode passar a senha’. Eu passei a senha. Quando eu recebi o SMS do banco, eu tive o valor de R$ 3.100,00, debitado da minha conta”, disse a vítima.

Ao chegar na delegacia, o taxista afirmou já ter aplicado o golpe outras vezes. Cristiano possui mais de 30 passagens pela polícia e a maior parte delas por estelionato.

Após dois dias de sua prisão, ele participou de uma audiência de custódia e foi solto. O taxista vai responder em liberdade. As vítimas não concordaram com a liberdade concedida ao golpista.

“Os crimes existentes no Código Penal foram definidos, em sua grande parte, em 1940, época absolutamente diferente da atual, onde o crime de estelionato, por exemplo, era mais singelo. Por isso, acredito que a legislação tenha que se adaptar ao momento atual, para se adequar às necessidades da sociedade, tão cansada de ser enganada”, disse o advogado Bruno Sacani.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.