Professores entram em greve sanitária no Pará após falta de vacinas

Sem imunização dos profissionais da educação do Pará, eles decretam greve sanitária e a partir da próxima segunda-feira volta para as aulas online. Estado retomou as atividades presenciais no início dessa semana.

Professores entram em greve sanitária no Pará após falta de vacinas
Professores entram em greve sanitária no Pará após falta de vacinas (Imagem/Reprodução: Correio Braziliense)

Após apenas alguns dias com aulas presenciais, os professores da rede pública do Pará deflagraram greve sanitária.

A suspensão das atividades leva esse nome, pois, os educadores não irão ficar sem trabalhar, já que as aulas remotas serão retomadas já na próxima segunda-feira (9).

Greve sanitária no Pará

O motivo central que levou a esse movimento foi a vacinação dos educadores que não avançou, mesmo após o anúncio de que as aulas seriam retomadas presencialmente.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará apenas 3% dos professores está completamente imunizado com as duas doses.

O que é um número muito pequeno se comparado com o número de profissionais da educação que perderam suas vidas no ano passado no estado, de acordo com o sindicato:

“No ano passado perdemos mais de duzentos para a doença”.

O sindicato também reclama da estrutura das escolas, que deveriam ter sido preparadas para receber os estudantes e funcionários, mas não foi isso o que aconteceu em muitas delas.

Também segundo o sindicato:

“Tem salas sem janelas porque era usado ar condicionado, sem a menor ventilação e sem instalação de ventilador. Outras, sem a menor estrutura para garantir o distanciamento. Em algumas escolas, não tem termômetro, nem tapetes sanitizantes”.

Vale lembrar que as aulas foram retomadas, de acordo com o Governador Helder Barbalho após o número de casos e de mortes pela COVID-19 no estado diminuir.

Além disso, quando foi anunciada a volta às aulas, o governador também falou sobre a vacinação dos profissionais da educação.

“Todos os nossos profissionais da educação, sejam professores, técnicos, serventes, nutrólogos, manuseadores de alimento, todos que compõem a comunidade escolar já receberam a 1ª dose e já iniciamos, nesta semana, a 2ª dose a partir do calendário estabelecido”.

Agora, após a deflagração da greve sanitária, a Secretaria de Estado de Educação do Pará afirmou que as escolas que apresentam falta de estrutura serão fechadas para reparos e os estudantes permanecerão com aulas remotas.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.