Nesta quinta-feira (5), o Ministério da Agricultura declarou o Acre como “área sob quarentena”. A decisão acontece após uma área residencial urbana do município de Cruzeiro do Sul detectar o primeiro caso da doença Monilíase do Cacaueiro. Esta praga atinge plantas e frutos de cacau.
Esta decisão do Ministério da Agricultura proíbe o transporte de frutos e plantas, que possam hospedar a praga, do Acre para outros estados do Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (5).
De acordo com a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro, essa é uma medida cautelar. A decisão visa oferecer um maior suporte para as ações de fiscalização do trânsito de vegetais, realizadas pelas Agências Estaduais de Defesa Agropecuária.
Dessa forma, o governo esperar evitar que a praga se espalhe para as áreas livres do Brasil — com destaque para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. No mês passado, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, foi detectado o foco da praga em área residencial urbana.
Duração do status de área sob quarentena no Acre
A situação de “área sob quarentena” para todo o estado do Acre seguirá vigente até que sejam finalizados os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas de prevenção e erradicação previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.
A doença Monilíase do Cacaueiro
A Monilíase é uma doença que atinge apenas as plantas hospedeiras do fungo. Ela afeta, principalmente as plantas do gênero Theobroma, como o cacau e o cupuaçu.
Não há riscos à saúde humana. Contudo, a ela provoca perdas na produção e um aumento nos custos. Isto acontece por conta da necessidade de medidas adicionais de manejo e utilização de fungicidas para o controle.
Na América do Sul, a Monilíase já está presente na Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
Por conta do potencial de danos às culturas, o Ministério a alerta sobre a importância de notificar imediatamente as autoridades fitossanitárias locais, em caso de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do Brasil.