Entenda porque não foi para frente a greve dos caminhoneiros no último fim de semana

Greve dos caminhoneiros acaba em suspensão. No último final de semana, o país aguardava a paralisação dos motoristas de caminhão em todas as regiões. Sob aviso prévio ao longo da semana passada, a categoria informou que estaria travando as rodoviárias para reivindicar uma série de questões, como o preço da gasolina. Entenda o enfraquecimento do movimento.

Entenda porque não foi para frente a greve dos caminhoneiros do último fim de semana (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Entenda porque não foi para frente a greve dos caminhoneiros do último fim de semana (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Há meses o presidente Jair Bolsonaro vem tentando manter o diálogo com os motoristas de grandes cargas. No entanto, um clima de instabilidade e insatisfação vem se mantendo.

Na última semana, os sindicatos e lideranças sinalizaram a realização de uma nova greve entre os caminhoneiros, mas a proposta não foi mantida.

Pautas em reivindicação

Entre os motivos para o decreto da greve está o alto preço do combustível, especificamente da gasolina. No dia 5 deste mês, a Petrobrás anunciou um novo reajuste de mais de 6% para o produto. Já o diesel foi acrescentando em 3,5%, fazendo com que o custo das viagens dos caminhoneiros ficasse mais caro.

Além disso, a categoria está reivindicando também o fim das taxações nos pedágios. Solicita que novos abonos sejam criados e cobra pelas políticas públicas prometidas pela equipe de Bolsonaro.

Greve enfraquecida

Desde que o anúncio da greve foi realizado, o governo federal passou a dialogar com as lideranças sindicais para rever a situação. Diante de uma divisão entre a própria categoria, parte do movimento foi enfraquecido, fazendo com que a paralisação fosse suspensa.

Desse modo, durante o domingo (25) e a segunda (26) foram registradas apenas pequenas movimentações ao longo das rodovias. De acordo com as informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nada que inviabilizasse a circulação nas estradas.

A própria Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), considerada uma das entidades mais representativas da categoria, informou que não estaria aderindo à greve. O comunicado foi concedido em uma nota que representasse todo o grupo.

Já o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), passou a solicitar a mobilização nacional através das redes sociais, acreditando ser um movimento necessário para a economia do país.

Pronunciamento do governo

Diante das possíveis ameaças de greve, o Ministério da Infraestrutura divulgou em nota afirmando que a CNTRC “não é entidade de classe representativa para falar em nome do setor do transporte rodoviário de cargas autônomo e que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes”.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.