Após falta de vacinas da COVID-19, 8 estados do Brasil paralisam calendário

Pontos-chave
  • - Brasil já vacinou 18% da população nacional contra a Covid-19;
  • - Oito capitais brasileiras aguardam noves lotes de vacinas contra a Covid-19;
  • - Ministério da Saúde ainda não informou quando novos lotes serão repassados.

Cerca de 18% da população brasileira já recebeu as duas doses das vacinas da Covid-19 ou a dose única. A informação foi apurada pelo consórcio de veículos de imprensa às 20h da última segunda-feira, 26.

Após falta de vacinas da COVID-19, 8 estados do Brasil paralisam calendário
Após falta de vacinas da COVID-19, 8 estados do Brasil paralisam calendário. (Imagem: REUTERS/Tingshu) Wang

Foram 93.332.312 brasileiros que receberam a primeira dose das vacinas contra a Covid-19, ou seja 45,49% da população. No que compete à segunda dose do imunizante ou dose única, ela já foi direcionada a 38.026.271, 17,96%.

Os dados foram reunidos junto a cada um dos Estados, bem como o Distrito Federal (DF). Sendo assim, foi possível notar que o Brasil ocupa a 65ª posição no ranking global de aplicação de doses das vacinas contra a Covid-19. O levantamento considera a imunização a cada 100 habitantes. 

A campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil teve início há cinco meses. Desde então o país já chegou ao 56º lugar decrescendo para o 70º em determinado momento. 

Na relação dos países formados pelas 20 maiores economias mundiais, o G20, o Brasil chegou a ocupar o 11º lugar. Agora, os dados atuais apurados pela Agência CNN apontaram que o Brasil aplica 63,54 doses das vacinas contra a Covid-19 a cada 100 habitantes. 

Porém, nos últimos dias o país tem enfrentado dificuldades quanto à disponibilidade de doses de vacinas contra a Covid-19. Por esta razão, dez capitais brasileiras precisaram suspender a aplicação da primeira dose do imunizante. 

É o caso de Belém (PA), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Vitória (ES), Natal (RN) e Curitiba (PR). A realidade da campanha de vacinação brasileira vai em contrapartida à promessa feita pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em vacinar toda a população adulta com a primeira dose até setembro de 2021. 

Veja a seguir a situação de cada uma das capitais que sofrem com a falta de vacinas.

Belém (PA)

Nos últimos dias a Prefeitura de Belém, capital do Pará, precisou suspender a aplicação da primeira dose de todas as vacinas contra a Covid-19 em virtude da falta de doses disponíveis. O município ainda aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde quanto ao envio de um novo lote. 

Lembrando que a pasta federal encaminha as remessas para cada Governo Estadual, os quais têm a responsabilidade de distribuir as doses das vacinas entre os municípios. Na oportunidade, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém, informou que qualquer novidade sobre a normalização do calendário de vacinação será publicada nos portais oficial do município. 

Campo Grande (MS)

A Prefeitura de Campo Grande anunciou nesta segunda-feira, 26, a suspensão da aplicação da primeira dose do imunizante. Por outro lado, o calendário de vacinação segue de acordo com as possibilidades com a aplicação da segunda dose. 

Uma outra suspensão já foi comunicada no dia 13 de julho, também devido à falta de doses das vacinas. O município informou que as datas sobre a entrega de novos lotes é repassada pela Secretaria Estadual de Saúde, mas, “neste momento, não há previsão oficial para recebimento de novas doses”.

Florianópolis (SC)

Na capital catarinense, a aplicação da primeira dose das vacinas contra a Covid-19 tem sido exclusiva para as gestantes, lactantes e puérperas. Além do que, a Prefeitura de Florianópolis também tem se concentrado na conclusão do esquema vacinal dos munícipes. 

De acordo com a Secretaria de Saúde de Florianópolis, a cidade tem capacidade para agilizar o calendário de vacinação assim que novas doses forem entregues pelo Governo Estadual. “Para avançar na aplicação da primeira dose, a administração municipal aguarda o recebimento de mais imunizantes”, concluiu.

João Pessoa (PB)

Em João Pessoa, capital da Paraíba, as informações são semelhantes. O município também aguarda o repasse de um novo lote contendo doses dos imunizantes por parte do Ministério da Saúde. 

Enquanto isso, a administração municipal se concentra na aplicação da segunda dose da AstraZenenca para quem tomou a primeira dose há 90 dias. Os munícipes que receberam a primeira dose da CoronaVac há 28 dias ou mais, também podem se dirigir aos postos de vacinação da cidade para concluírem o esquema vacinal.

Maceió (AL)

Há mais de uma semana o calendário de vacinação contra a Covid-19 de Maceió atende, exclusivamente, os cidadãos que precisam tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. A Prefeitura ainda decidiu antecipar a conclusão do esquema vacinal para aqueles que possuíam agendamentos até o dia 31 de julho. 

Após falta de vacinas da COVID-19, 8 estados do Brasil paralisam calendário
Após falta de vacinas da COVID-19, 8 estados do Brasil paralisam calendário. (Imagem: Imirante)

Vários munícipes alegaram não saber sobre a falta de imunizantes, portanto foram surpreendidos ao se dirigirem aos postos de vacinação da cidade. Por esta razão, a Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que todas as informações referentes ao calendário de vacinação em Maceió são publicadas nos canais oficiais do município. 

Natal (RN)

Em nota, a Prefeitura de Natal apenas informou aguardar novos detalhes do Ministério da Saúde referente ao envio de novas doses de vacinas contra a Covid-19. Enquanto isso, segue com a aplicação da primeira dose suspensa. 

Rio de Janeiro (RJ)

A Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) informou que já utilizou todas as vacinas reservadas para a aplicação da primeira dose do imunizante. Por esta razão, o calendário da D1 permanece suspenso temporariamente, respeitando apenas os agendamentos para a segunda dose.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.