Golpe do falso empréstimo faz milhares de vítimas e já roubou R$ 30 milhões

Na última quarta-feira (7), a Polícia Civil do Paraná e de São Paulo, em ação conjunta, prendeu 41 participantes de uma organização criminosa acusada de aplicar o golpe do falso empréstimo. Esse crime já fez milhares de vítimas em todo o país.

Golpe do falso empréstimo faz milhares de vítimas e já roubou R$ 30 milhões
Golpe do falso empréstimo faz milhares de vítimas e já roubou R$ 30 milhões (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O golpe do falso empréstimo pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 30 bilhões. No estado do Paraná, houve uma ordem judicial para o bloqueio deste valor das contas bancárias de investigados. A quantia teria sido roubada em pouco mais de um ano.

Também foram realizados 58 mandados de busca e apreensão. Ao todo, mais de 250 policiais civis do Paraná e São Paulo atuaram nesta operação.

A ação policial ocorreu de forma simultaneamente nos dois estados. No Paraná, a atuação foi em Curitiba, Araucária e Fazenda do Rio Grande. Já em São Paulo, a ação foi na capital, Santo André, Getulina, Mirandópolis, Ribeirão Preto, Campinas e Praia Grande.

Das 41 prisões, 13 aconteceram no Paraná e 28 em São Paulo. Os suspeitos poderão responder por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, e falsificação de documento público e particular.

De acordo com o delegado da Polícia Civil do Paraná, Guilherme Dias, ao Fantástico, a organização criminosa tem milhares de pessoas. Por conta disso, a polícia identificou 50 dos principais.

Caso tivesse que prender todos os envolvidos, segundo ele, seria preciso deter 10 mil pessoas em uma operação.

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O golpe do falso empréstimo

Conforme as investigações, os criminosos criavam páginas na internet para enganar vítimas interessadas em empréstimos bancários. Para realizar o crime, a organização criminosa teria utilizado o nome de instituições como a Receita Federal, Banco Central e Federação Brasileira dos Bancos.

Os golpistas gastaram ao menos R$ 600 mil em anúncios no Google. Dessa forma, quando alguém pesquisava algo relacionado ao tema, páginas falsas apareciam como anúncio no topo dos resultados.

Assim que o cidadão preenchia o cadastro nos sites, havia estelionatários que entravam em contato se passando por funcionários da instituição. Durante esta abordagem, os criminosos exigiam um depósito para que o dinheiro fosse liberado.

Assim, a pessoa era induzida a realizar depósitos de forma sucessiva — até que ela percebesse que tinha sido enganada.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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