- Distribuidoras de energia negociam débitos nas contas de luz;
- População pode ter desconto de até 40%;
- Negociação varia de acordo com cada região.
Distribuidoras de energia passam a negociar débitos de seus clientes. Com o aumento da bandeira vermelha, parte significativa da população nacional vem atrasando a conta de luz. Atualmente, a Aneel aplica uma tarifa de R$ 9,49 a cada cem quilowatts-hora, fazendo com que o consumo fique 50% mais caro. Abaixo, saiba como limpar seu nome.
Não bastasse lidar com o aumento no preço dos alimentos e gasolina, o brasileiro agora terá que reorganizar as finanças para sanar sua conta de luz.
Sob justificativa de crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica passou a fixar a bandeira vermelha, aumentando o índice de inadimplência nas distribuidoras.
Possibilidade de negociação
Para tentar reduzir o índice de débitos, as distribuidoras nacionais passaram a propor negociações com seus clientes. Há regiões em que o titular da conta pode parcelar a dívida em até 12 vezes, ou ter acesso a 40% de desconto na primeira fatura, incluindo um retorno via cashback.
O cidadão que desejar ter acesso aos descontos deve entrar em contato com a distribuidora de sua região. É válido ressaltar que as chances de negociações variam de acordo com cada empresa, tendo em vista que a concessão das ofertas não é uma medida obrigatória em nível nacional.
Isso significa dizer que o sujeito precisa prioritariamente entrar em contato com a distribuidora de sua cidade. Havendo negociações disponível, ele deve passar a sanar os débitos mediante o acordo determinado.
Conta mais cara
Marcos Madureira, presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia (Abradee), explica que o reajuste da tarifa vermelha é preocupante, pois as empresas ainda estavam tentando se recuperar dos prejuízos de 2020 motivados pela pandeia do novo coronavírus.
Segundo os levantamentos feitos pela Abradee, em junho o índice de inadimplência foi de 3,83%, ficando 4,45% menor do que o mesmo período no ano passado. Já em abril, o número de dívidas bateu uma media de 6,41%, registrando o maior débito do ano.
— O nível de inadimplência está em patamar elevado. O atual cenário cria mais pressão para perda de receita via inadimplência ou redução do volume de consumo. E isso ocorre depois da crise gerada pela pandemia de Covid-19. Hoje, as empresas estão em negociação para que a Aneel reconheça um prejuízo de R$ 5 bilhões — disse Madureira em entrevista ao portal O Globo.
Descontos pelas distribuidoras
É válido ressaltar que o governo federal estabeleceu um decreto que impede as distribuidoras de realizarem cortes de energia para os inadimplentes até o fim de agosto. A medida é válida para a população de baixa renda, reforçando assim o aumento dos débitos.
De acordo com os relatórios da Enel, há cerca de 18 milhões de titulares entre o Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Goiás, parcelando as contas em até 10 vezes. Para quem for cliente da distribuidora, foi fixada uma parceria com o PicPay que libera um desconto de 40% a partir do cashback.
No Rio de Janeiro, a Ligh conta com cerca de 4,3 milhões de clientes, fazendo negociações para dívidas maiores que R$ 2 mil. Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, há cerca de 10 milhões de clientes tentando reajustar os débitos, sendo permitido o parcelamento em até 12 vezes.
Por fim, há também informes da Energisa, que contabiliza mais de 8 milhões de clientes em 11 estados nacionais, que vem ofertando descontos e parcelamento das contas em aberto. A empresa vem fazendo atendimento via Whatsapp, solicitando que o cliente apenas digite ‘parcelamento’ para iniciar a negociação.
Controle de consumo
No caso dos segurados que estão com as contas em dia, mas temem a implementação da bandeira vermelha, o controle do consumo se tornou uma forma de reduzir os gastos.
Especialistas econômicos afirmam que milhares de residências vem reformulando a sistemática de uso de eletrônicos para amortizar o valor de suas contas.
Para mais informações sobre as taxações da Aneel acesse nossa página exclusiva de finanças.