Na última quinta-feira (8), o ministro da Economia, Paulo Guedes declarou que corrigirá ‘distorções’ na reforma do Imposto de Renda. A declaração foi feita em almoço com líderes empresariais em São Paulo. Entenda o que pode mudar no Imposto de Renda após apelo de empresários a Guedes.
No dia anterior à reunião de Guedes, 120 associações empresariais se posicionaram contrariamente à proposta de reforma tributária apresentada pelo governo federal, segundo informado pelo Globo.
Na perspectiva dos empresários críticos do projeto, conforme apurado pelo Estadão, o Fisco realizou cálculos conservadores do impacto das medidas previstas. Com isso, haveria indicação de aumento da carga tributária do setor.
Diante desse contexto, o ministro argumentou que a proposta de reforma não resultará em aumento da carga tributária. Guedes também garantiu que a votação da proposta não acontecerá antes do recesso parlamentar — previsto para ocorrer na metade deste mês.
Entenda o que pode mudar no Imposto de Renda após apelo de empresários a Guedes
Segundo revelado pela CNN, o ministro Paulo Guedes indicou que está disponível para discutir sobre uma dosagem das mudanças tributárias.
Para agradar o setor produtivo, ele apontou um corte de até dez pontos percentuais no Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas (IRPJ). No texto atual, a ideia seria de reduzir cinco pontos — sendo 2,5% em 2022 e 2,5% em 2023.
Apesar disso, Guedes afirmou que não considera alterar o formato da reforma tributária apresentado pelo governo. Sendo assim, ele pretende manter estes pontos:
- Unificar impostos federais;
- Redução do IRPJ;
- Taxação de lucros e dividendos; e
- Fim da dedução dos juros sobre capital próprio.
No encontro, Guedes defendeu inserir a tributação sobre dividendos pagos a investidores, conforme informado por uma fonte à Reuters. Ele declarou que, segundo a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento (OCDE), o IRPJ é tributado de 20% a 40% — mesma margem de percentual para o IR de dividendos.
Guedes entende que, caso as alíquotas fiquem em 20%, chegaria a um bom resultado. O ministro ainda alegou que revisará a tributação dos fundos imobiliários. A proposta enviada pelo governo sugere uma tributação de 15%. Atualmente, eles possuem isenção.