Um novo levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A Pesquisa Nacional de Cesta Básica e Alimentos apurou os preço da cesta básica em 17 municípios brasileiros de todas as regiões.
Após um longo período, sobretudo, desde o início da pandemia da Covid-19, uma queda notável foi identificada no preço da cesta básica de nove capitais brasileiras.
No topo da lista com as maiores quedas está a cidade de Goiânia com -2,23%, seguida de São Paulo com -1,51%. Em terceiro lugar está a capital mineira Belo Horizonte com -1,49% e por último Campo Grande, com -1,43%.
Em contrapartida, a cesta básica teve um aumento expressivo na capital cearense Fortaleza, com 1,77%, logo após vem Curitiba com 1,59% e Florianópolis com 1,42%.
Nota-se que a cesta básica mais cara do país continua sendo a de Florianópolis diante do valor de R$ 645,38. Em Porto Alegre a situação não é muito diferente, pois o preço cobrado é de R$ 642,31.
Em terceiro lugar no ranking de cestas básicas mais caras está a capital Paulista cobrando R$ 626,76. Na sequência vem o Rio de Janeiro com R$ 619,24 e Curitiba que colocou o valor de R$ 618,57 na cesta básica catarinense.
No final da lista geral estão Salvador e Aracaju com os preços mais baixos, R$ 467,30 e R$ 470,97, respectivamente.
A variação de valores, tanto para o mais caro quanto para o mais barato, acontece em virtude de determinados alimentos como a batata, diante do percentual de -17,89% em maio. O segundo alimento mais barato é o tomate com -16,14% seguido da banana com -4,19%.
Em junho especificamente, os itens com o preço mais alta de acordo com o Dieese foram o açúcar refinado em 7%, a manteiga em 2,87% e o leite integral com 2,46%. Em contrapartida, os produtos mais baratos foram os laticínios devido à baixa oferta do leite no campo junto ao aumento no custo de produção.
Nos últimos 12 meses, a inflação da cesta básica de alimentos foi afetada por um aumento superior a 20% em boa parte das capitais brasileiras. Uma possível e principal explicação para esta mudança drástica no cenário, se refere à queda ou redução na renda das famílias brasileiras que têm sofrido diretamente os impactos econômicos provenientes da pandemia da Covid-19.
Outro fator que influencia no poder de compra da cesta básica e vários outros produtos e serviços está relacionado ao salário mínimo vigente que é de R$ 1.100.
De acordo com um estudo recente feito pelo Dieese apontou que o valor ideal para sustentar uma família composta por dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ 5.421,84, em junho de 2021.