IRPJ 2022: Guedes sugere mudanças nas alíquotas a partir do próximo ano

Pontos-chave
  • O governo pretende oferecer redução ainda maior de IRRJ em 2022;
  • O corte seria de 5 pontos percentuais;
  • O projeto inicial prevê a redução de 2,5 pontos percentuais em 2022 e 2,5 em 2023.

Nesta terça-feira (29), o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou que o governo estuda alterar a proposta de redução maior da alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) já no próximo ano. A ideia do governo seria de fazer um corte de 5 pontos percentuais na taxação do IRPJ 2022.

IRPJ 2022: Guedes sugere mudanças nas alíquotas a partir do próximo ano
IRPJ 2022: Guedes sugere mudanças nas alíquotas a partir do próximo ano (Imagem: Montagem/FDR)

O ministro Paulo Guedes afirmou que o governo poderá reduzir até 5 pontos percentuais do IRPJ, imediatamente, já no próximo ano. Esta medida aconteceria em vez de reduzir 2,5 pontos percentuais em 2022 e 2,5 em 2023.

Ele ainda revelou poderá haver uma redução de 10 pontos percentuais, caso o governo tenha “coragem de remover dois, três, quatro grandes subsídios”. A declaração foi feita em uma coletiva de apresentação dos dados de emprego formal de maio.

Proposta de ampliação do IPRJ 2022 ocorre após críticas do setor produtivo

De acordo com o Globo, esta iniciativa aconteceu após críticas do setor produtivo. As reclamações foram devido ao aumento da carga tributária.

Para Guedes, se os primeiros cálculos e as doses calculadas resultaram em alta de tributação efetiva, o governo reduzirá as alíquotas.

Segundo Guedes, o governo está sinalizando menos imposto para as empresas, mais impostos para os rendimentos de capital, além de menos tributos para os assalariados.

Restituição do Imposto de Renda 2021 (Como Consultar Datas, Lotes e Valores)

Reforma IR para empresas

Na última sexta-feira (25), o governo entregou ao Congresso o projeto que visa a reforma do Imposto de Renda. Para as empresas, a reforma do IR permitirá a diminuição da alíquota geral em duas etapas: dos atuais 15% para 12,5% em 2022, e 10% a partir de 2023.

O texto indica que o adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês permanece. Os pagamentos de gratificações e participação nos resultados aos sócios e dirigentes realizados com ações da empresa não poderão ser diminuídos como despesas operacionais.

O projeto também corta a possibilidade de deduzir juros sobre o capital próprio. O governo alega que essa possibilidade foi criada quando havia dificuldade de obter acesso a crédito — e as empresas tinham que se autofinanciar com recursos dos sócios.

A proposta traz novas regras para a reorganização de empresas e tributação do ganho de capital na venda de participações societárias. O texto impedirá o aproveitamento indevido de deduções na venda das participações societárias.

Outro ponto do texto indica a criação de regras claras para apuração do ganho de capital em alienações indiretas de ativos no Brasil por empresas no exterior. Atualmente, há a possibilidade de haver uma empresa intermediária na venda de ativos para pagar menos tributo.

As companhias ainda deverão efetuar a apuração trimestralmente do IPRJ e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). No modelo atual, há duas opções: trimestral e atual. As empresas com tributação anual devem apurar e pagar estimativas mensalmente.

Mediante este projeto, será possível compensar todo o prejuízo de um trimestre nos três seguintes. As companhias poderão realizar a aproximação das bases cálculos de IRPJ e CSLL.

O governo afirma que a reforma do Imposto de Renda trará modernidade ao sistema tributário
O governo afirma que a reforma do Imposto de Renda trará modernidade ao sistema tributário (Imagem: Montagem/FDR)

Governo entende que reforma simplificará o sistema tributário brasileiro

No entendimento do governo, o projeto de lei, entregue na semana passada ao Congresso, simplificará e modernizará o sistema tributário brasileiro. O Estado alega que a medida resultará em impactos positivos na produtividade e no crescimento econômico nacional.

A ministra-chefe da SeGov, Flávia Arruda espera que a votação aconteça ainda este ano. Ela afirma que conta com o compromisso dos parlamentares para que o procedimento tenha início ainda antes do recesso legislativo.

De forma geral, o projeto de lei altera o Imposto de Renda para pessoas físicas, empresas e investimentos. Uma das principais mudanças se refere ao IRPF. O texto aponta o aumento da faixa de isenção para pessoa física, de R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. Esta elevação beneficiaria 16 milhões de pessoas.

A primeira parte da reforma foi apresentada ao Congresso dia 22 de julho, mediante projeto de lei. Este PL prevê a criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que substituiria a atual cobrança das alíquotas de PIS/Pasep e Cofins.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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