Valor do novo Bolsa Família divide governo e pode ficar abaixo de R$ 300

Os beneficiários do programa Bolsa Família devem ser elevados para cerca de 17 milhões de famílias e o valor médio pago pelo governo também deve subir. Apesar disso o valor ficará abaixo de R$ 300, disseram à Reuters fontes próximas das discussões do governo.

Valor do novo Bolsa Família divide governo e pode ficar abaixo de R$ 300
Valor do novo Bolsa Família divide governo e pode ficar abaixo de R$ 300 (Imagem: FDR)

Os estudos com relação a ampliação dessa base e do valor do benefício estão sendo feitos pelos ministérios da Cidadania e da Economia a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Hoje, o valor médio pago para os beneficiários do programa Bolsa Família é de R$ 190 reais, porém existem variações segundo o tamanho da família e a idade das crianças. 

Bolsonaro afirmou, recentemente, que esse valor médio deveria subir para R$ 300 a partir de dezembro.

Algumas fontes dizem que o patamar que o presidente almeja não será atingido. A equipe econômica já havia fechado as contas em um reajuste para R$ 250, em média.

Já com relação ao aumento no total de famílias contempladas com o benefício social há quase um consenso, de acordo com as fontes da Reuters, de que o número chegará perto de 17 milhões, em contra partida dos atuais 14,6 milhões beneficiários.

Essas novas bases e valores do Bolsa Família devem entrar em vigor entre o fim do ano e o início de 2022, após o fim do pagamento do auxílio emergencial. E devem ser editados novamente no mês de abril com a previsão de pagamento de quatro parcelas mensais, e renovado por mais dois ou três meses, segundo o governo.

O Ministério da Economia afirmou, por meio de sua assessoria, que pedidos de comentários sobre o benefício deveriam ser encaminhados ao Ministério da Cidadania.

Bolsa Família

O Bolsa Família foi criado para tirar as famílias da situação de pobreza e extrema pobreza no país. Porém, para continuar recebendo os benefícios as famílias precisam se inscrever e seguir algumas regras.

O programa foi criado no ano de 2003, pelo ex-presidente Lula, após Lula propor a junção de outros benefícios para compor o programa.

A ideia era realizar transferência direta de renda que beneficiasse as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza no país todo.