Porque o governo fala sobre melhora da economia, mas desemprego não diminui?

Possíveis estatísticas de recuperação econômica não garantem segurança no mercado de trabalho. Nas últimas semanas, o governo federal vem anunciando que o país passou a se recuperar dos efeitos financeiros do novo coronavírus. Mesmo com o PIB crescendo em 1,2%, o desemprego ainda se mantém em alta.

Porque o governo fala sobre melhora da economia, mas desemprego não diminui? (Imagem: Reprodução/Jornal Extra)
Porque o governo fala sobre melhora da economia, mas desemprego não diminui? (Imagem: Reprodução/Jornal Extra)

Há mais de um ano a economia nacional vem sendo afetada pela pandemia da covid-19. O principal efeito foi sentido no mercado de trabalho, com o crescimento do desemprego, devido ao fechamento e redução orçamentaria nas empresas.

Mesmo com o PIB mostrando pequenas evoluções, a população ainda enfrenta dificuldade para retomar seus postos de trabalho. De acordo com os levantamentos realizados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego teve um crescimento de 13,9% em dezembro de 2020 para 14,7% em março deste ano.

Porque a retomada ao mercado permanece instável?

Segundo analistas econômicos, há uma série de fatores que dificultam a retomada da empregabilidade nacional. Mesmo com o PIB em evolução, as empresas ainda trabalham para fechar os rombos em seus orçamentos.

Além disso, com a falência de diversas marcas, neste momento a competitividade por uma única vaga se tornou ainda maior. O setor mais afetado permanece sendo o de serviços, vinculados a sete atividades:

  • comércio;
  • transportes;
  • serviços de informação;
  • intermediação financeira (bancos);
  • serviços imobiliários;
  • outros serviços;
  • administração pública.

Para estes segmentos, a empregabilidade nacional é de 68%.

Há ainda outros espaços como a agropecuária e o da mineração, que cada vez mais contratam uma mão de obra reduzida. No que diz respeito a recuperação, os melhores números são para o de comércio eletrônico, químicos, farmacêuticos e siderurgia.

Segundo José Pastore, presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio SP (Federação do Comércio de SP) e professor titular da FEA/USP, a previsão é de que a instabilidade ainda perdure até o fim do ano.

Para quem vem tentando se recolocar em sua área de atuação, a principal sugestão é o investimento no capital humano, tendo em vista a ampliação das ferramentas digitais mediante o cenário de home office exigido na pandemia.

Caso queira acompanhar as vagas disponíveis no mercado e também ficar por dentro de cursos e demais capacitações que turbinem seu currículo, acesse nossa página exclusiva de carreiras.