Durante este ano, o sistema Open Banking será implantado gradualmente. Dividido em quatro fases, a 1ª teve início em fevereiro. No dia 15 de julho, o Banco Central dará início à segunda fase do Open Banking. Nessa, os clientes poderão autorizar o compartilhamento de informações sobre as transações financeiras.
O Open Banking, ou Sistema Financeiro Aberto, é um serviço desenvolvido para simplificar as relações entre bancos e clientes. A novidade também visa padronizar o processo de compartilhamento de dados no Sistema Financeiro Nacional. Assim, será possível aumentar a competitividade e baratear serviços.
O Open banking permitirá que clientes movimentem suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas — e não somente pelo aplicativo do banco. Tudo isso acontecerá de forma prática e segura. Cabe destacar que os processos acontecerão somente com a autorização do correntista.
Com esta permissão, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam os dados permitidos. Atualmente, um banco não consegue identificar o relacionamento de um cliente com outra. Por isso, há mais dificuldade de competir por ele com melhores serviços.
A 2ª fase do Open Banking
Prevista para acontecer a partir do dia 15 de julho, a 2ª fase do Open Banking possibilitará que clientes solicitem o compartilhamento entre as instituições participantes, de acordo com Banco Central.
Os usuários, poderão compartilhar seus dados cadastrais, informações sobre transações em contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados. O cliente poderá cancelar a autorização a qualquer momento.
Como benefício, os clientes poderão receber ofertas de produtos e serviços mais adequados ao perfil. As ofertas poderão contar com valores mais acessíveis e de forma ágil e segura.
Ainda será possível contar com soluções mais personalizadas de gestão e aconselhamento sobre finanças pessoais, por exemplo. Não há custo para o compartilhamento. O CEO do Guiabolso, Thiago Alvarez, afirma que, nessa segunda fase, o cliente é o pilar principal.
Na perspectiva do ecossistema financeiro, o BC informa que o Open Banking será benéfico por proporcionar mais competitividade, inovação e racionalização de processos.
Todas as etapas devem acontecer exclusivamente por canais eletrônicos das instituições participantes. Durante as fases, as instituições participantes devem garantir a prestação de informações aos clientes de maneira clara.
Mudanças a serem proporcionadas pelo compartilhamento de dados
Para destacar a importância do compartilhamento de dados na segunda fase do Open Banking, Thiago Alvares listou três mudanças a serem observadas no dia a dia do brasileiro:
- Mais facilidade no atendimento ao cliente que seja correntista de outros bancos: os clientes poderão compartilhar dados ser precisar abrir outra conta, visitar agência, ter histórico com a instituição. O processo poderá ser feito online em poucos minutos pelo celular;
- Mais oferta de serviços condizente com o perfil: instituições conseguirão entender melhor o que se aproxima das necessidades do consumidor;
- Mais chances de conseguir um empréstimo ou financiamento com juros e taxas acessíveis: ao solicitar empréstimo ou financiamento, o histórico do cliente estará disponível. Assim, será possível negociar melhores taxas ou limites.