Escolas públicas ganham direito à internet grátis para alunos e professores

Alunos da rede pública passam a ter acesso a internet gratuitamente. Foi aprovado o projeto de lei que autoriza a concessão de banda larga para os estudantes das escolas do governo. Mesmo com o veto do presidente Jair Bolsonaro, a proposta foi aceita e contará com um investimento de R$ 3,5 bilhões. Acompanhe.

Escolas públicas ganham direito à internet grátis para alunos e professores (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Escolas públicas ganham direito à internet grátis para alunos e professores (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Com as atividades online mantidas mediante a pandemia do novo coronavírus, os estudantes da rede pública passarão a ganhar internet banda larga gratuita.

A decisão foi validada pelo governo federal que passará a conceder chips, tablets e pacote de dados para os jovens.

Reprovação de Bolsonaro

Ao receber a proposta, o presidente Jair Bolsonaro a recusou de imediato. De acordo com ele, o projeto iria gerar um empecilho para o cumprimento da meta fiscal do governo.

Aliado ao chefe de estado, o ministro da educação, Milton Ribeiro também se mostrou em oposição a proposta, afirmando que nesse momento a prioridade deveria ser levar conexão as escolas.

Questionado sobre o assunto, Bolsonaro afirmou que ‘despejar dinheiro na conta não é política pública’.

O que dizem os profissionais de educação

Edméa Santos, pesquisadora cibercultura e educação há 25 anos, atua como professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). E afirma que a derrubada do voto de Bolsonaro deve ser vista como uma medida urgente.

A cientista explica que nesse momento de pandemia é essencial garantir que a internet chegue na casa de todos os alunos. Ela reforça ainda que em se tratando na rede pública de ensino, os jovens tendem a ter uma dificuldade ainda maior para se manterem conectados.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Vitor de Angelo, garante que a aprovação da proposta solucionará temporariamente o fornecimento de internet para os estudantes.

Ele espera que na sequência os equipamentos também passem a ser disponibilizados.

Já se sabe que alguns estados, por conta própria, têm feito este esforço [de levar internet gratuita a alunos e professores]. Mas essa iniciativa nem sempre depende de decisão do gestor. Muitas vezes, depende mais da disponibilidade fiscal e orçamentária. Portanto, recursos extras seriam muito bem-vindos nessa hora”, afirma.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.