Taxa de desemprego no Brasil chega a índice recorde durante pandemia

O índice de desemprego no país bateu recorde atingindo 14,7% no primeiro trimestre do ano. A continuidade da pandemia no Brasil impactou fortemente neste resultado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A quantidade de pessoas desempregadas bateu recorde, com cerca de 14,8 milhões de cidadãos sem trabalho.

Taxa de desemprego no Brasil chega a índice recorde durante pandemia
Taxa de desemprego no Brasil chega a índice recorde durante pandemia (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

“É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012”, disse o IBGE.

Este índice mostra um crescimento de 6,3% ou de cerca de 880 mil pessoas a espera de uma vaga de emprego em todo o país quando comparamos com o 4º trimestre do ano passado. Em apenas um ano, 1,956 milhão de pessoas passaram a integrar o índice do desemprego.

As informações integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Na pesquisa passada, referente ao trimestre terminado em fevereiro, a taxa de desemprego estava em 14,4%, representando 14,4 milhões de brasileiros. Este número era recorde até este momento.

Mesmo com estes números nada animadores, este resultado estava dentro do que era esperado. De acordo com a mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,7% no trimestre que terminou em março.

“O primeiro trimestre de cada ano, como a gente já viu em outros anos, é um período de aumento da desocupação. Ou seja, não é um movimento específico deste ano, mas um comportamento relativamente esperado para este trimestre do ano. Mas, essa sazonalidade pode estar sendo aumentada pelos efeitos de 2020 sobre o mercado de trabalho”, disse Adriana Beringuy, analista da pesquisa.

Desistentes bate recorde 

O índice de pessoas que desistiram de correr atrás de uma oportunidade de emprego, chamados de população desalenta, também atingiu um patamar recorde com 6 milhões de brasileiros nesta situação.

Este número cresceu 25,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 5,6%.

Isto significa que a taxa de desempregados no país não é maior, pois muitos desistiram de procurar uma oportunidade. 

O IBGE só considera uma pessoa desempregada quando ela está efetivamente buscando uma oportunidade nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.