O Governo do Estado do Ceará abriu nesta quinta, 20, as inscrições para quem deseja participar do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado, Ceará Credi. O governador Camillo Santana anunciou o início das inscrições no empréstimo em suas redes sociais, e afirmou que esta é mais uma medida para atenuar os impactos econômicos trazidos pela pandemia.
Na primeira fase do programa, serão destinados R$100 milhões aos MEIs (Microempreendedores Individuais) e trabalhadores do Ceará, e cada profissional poderá solicitar valores entre R$500 e R$5 mil.
Quem for contemplado receberá também capacitação para ajudar a fortalecer os negócios.
Processo de inscrição
Os interessados devem acessar o site Ceará Credi para se cadastrar. O cadastro será analisado pelos agentes de crédito espalhados em todo o estado.
Após a análise, os empreendedores serão contatados pelos agentes de crédito para marcar uma entrevista de orientação da proposta, e para coleta de dados de capacidade de pagamento.
Após isso, se o crédito for concedido, será feita a abertura de uma conta digital. O dinheiro será liberado através do aplicativo E-Dinheiro, tido como uma forma de estimular a bancarização e o acesso aos meios de pagamento digitais pelos empreendedores.
Público alvo
Estão aptos a fazer parte do programa os microempreendedores (formais e informais), trabalhadores autônomos dos vaiados segmentos de produção, artesanato, comércio e serviços, incluindo empreendedorismo social e cultural. Também podem participar os agricultores familiares que desenvolvam negócios não agrícolas no meio rural.
Para participar do Ceará Credi, os trabalhadores com uma renda de até três salários mínimos e com um negócio que possui receita bruta de até R$81 mil ao ano (por beneficiário).
Valores e prazos
O programa conta com duas linhas de crédito: Capital de Giro, que é voltada para a compra de insumos, matéria-prima e produtos acabados e a linha Investimento Fixo ou Misto, voltada para compra de máquinas, utensílios e equipamentos.
Os valores disponíveis para capital de giro ficam entre R$500 a R$3.000 por empreendedor, e não pode ultrapassar R$15 mil no caso de empreendimento produtivo solidário.
Já na modalidade Investimento Fixo ou Misto, os valores ficam de R$ 1.000 a R$ 5.000 por empreendedor, não podendo ultrapassar R$ 21.000 no caso de empreendimento produtivo solidário.
Os grupos para garantia solidária podem ser de 4 a 7 pessoas. Um empreendimento produtivo solidário pode ter de 4 a 10 pessoas.
Já os prazos para pagamento variam entre 4 a 9 meses, com uma carência de até 2 meses, para a modalidade Capital de Giro. E de 12 a 24 meses, com carência de até 4 meses, para a linha Investimento Fixo ou Misto.