Após o novo aumento da taxa básica de juros, chamada de Selic, para 3,5% ao ano, chegou a fazer os investidores a se questionarem se vale a pena voltar a investir na caderneta d e poupança.
Apesar dessa alta, voltar a colocar o seu dinheiro na poupança não é um bom negócio.
Desde o ano passado, o Comitê de Política Monetária informou em seus comunicados que, se as reformas não avançassem no país de forma à equilibrar as contas públicas, os estímulos monetários seria necessário aumentar de forma gradual a Selic.
Mesmo com a Selic aumentando 1,50 ponto percentual desde o começo do ano e com perspectivas de crescer ainda,os investimento que são impactados por essa taxa continuam com rentabilidade não muito impactante.
Com a Selic a 3,50% ao ano, a rentabilidade da poupança passou a ser de 0,20% ao mês e 2,45% ao ano, porém a inflação acumulada em 12 meses em 6,17% anula todos esses ganhos.
O Banco Central calcula que a taxa de juros seja neutra, para que assim consiga equilibrar os rendimentos com a inflação para não estimular e nem aquecer a economia, que está em torno de 6,5%.
No mundo todo, os banco centrais são responsáveis por optar por políticas monetárias que estimule uma tolerância à inflação em benefício do crescimento econômico.
Em entrevista a Veja, o estrategista chefe da Empiricus, Felipe Miranda “O Federal Reserve tem sido muito vocal nisso e no Brasil deveria ser assim. Mesmo que a inflação suba, não acho que o juros real vai ficar muito alto no pós fixado”, disse.
Além disso, ele disse que estão sendo realizadas mudanças “Estamos mudando um pouco a dinâmica global, vindo de um mundo que foi de inflação muito baixa, baixo crescimento e baixa taxa de juros para um mundo que cresce mais e com mais inflação”, de acordo com ele.
Outras formas de usar a poupança
Mesmo que a poupança tenha investimentos negativos, esta alternativa é importante para reserva de emergência com liquidez imediata.
O tamanho dessa reserva ideal varia conforme o patrimônio que a pessoa possui e quais riscos podem correr, é recomendado que se tenha uma reserva de 3 a 12 meses dos gastos pessoais mensais como água, luz, internet, aluguel e os gastos mais básicos como comida.