Paulo Guedes aponta queda do dólar em breve; é possível confiar na previsão?

O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou acreditar que o dólar terá uma queda em breve. Apesar da fase “turbulenta” no país, o ministro entende que o forte superávit comercial do Brasil deve contribuir para a redução da moeda. A declaração foi feita na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4).

Paulo Guedes aponta queda do dólar em breve; é possível confiar na previsão?
Paulo Guedes aponta queda do dólar em breve; é possível confiar na previsão? (Imagem: Reprodução/PR)

Ao responder uma pergunta sobre a desvalorização do real, Paulo Guedes declarou estar certo de que o dólar sobe um pouco agora. No entanto, com o superávit muito forte, atualmente, o dólar começará a cair.

O ministro entende que o câmbio de equilíbrio nacional não é tão alto quanto está atualmente.

Como fatores para os resultados atuais, ele cita a perspectiva de recessão, a doença, as dúvidas sobre o prosseguimento com a reformas e os boatos sobre as mudanças de ministros.

Previsão de Paulo Guedes tem como base o superávit comercial do Brasil

O ministro Paulo Guedes avalia que o superávit comercial do Brasil deve auxiliar a baixar a cotação do dólar no país. Ele ressaltou que o governo alterou o mix de juros altos com o dólar baixo.

Guedes declarou que o Brasil ficou mais rico com o aumento dos preços das commodities no mercado internacional.

Apesar disso, ele ressaltou que esta riqueza deve ser dividida com os mais pobres. Na balança comercial neste ano, a equipe econômica projeta um saldo positivo recorde de US$ 89,4 bilhões.

País registra balança comercial recorde

Seguindo a perspectiva indicada por Guedes, a balança comercial registrou o melhor saldo histórico para os meses de abril.

Durante o período, o país exportou US$ 10, 35 bilhões a mais do que importou. Na comparação com o mês de abril do ano passado, o saldo recente foi 67,9% maior .

Dólar fecha o dia em alta

Nesta terça-feira (4), o dólar fechou com alta de 0,22%, a R$ 5,4307. Durante o dia, a moeda norte-americana teve grande volatilidade. Durante a oscilação, a máxima foi de 1,20% e a mínima foi de 0,10%.

O cenário político negativo afetou os investidores durante o dia. A CPI da COVID e a reforma tributária influenciaram negativamente no resultado.

Além disso, as incertezas relacionadas à política monetária dos Estados Unidos tiveram impacto na Bolsa Brasileira (B3).

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.