A Câmara dos Deputados autorizou a compra das vacinas, da Covid-19, para as empresas privadas imunizarem seus funcionários gratuitamente. No entanto, os empregadores podem encontrar dificuldade de adquirir às vacinas no início, pois, eles precisam seguir algumas regras.
Regras para empresas privadas
Foi aprovado pela Câmara dos Deputados na, terça-feira (6), o projeto de lei em que autoriza as empresas privadas adquirirem a vacina contra a Covid-19 para imunizar seus funcionários de forma gratuita. O projeto recebeu 317 votos a favor e 120 votos contra.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o projeto, pois para ele:
“A iniciativa privada, talvez, nesse momento, possa ter uma agilidade por outros caminhos que possam trazer outras vacinas para o Brasil e qualquer brasileiro vacinado é um a menos nessa lista que pode correr o risco de contrair o novo vírus.”
No entanto, para que a compra seja estabelecida, as redes privadas precisam seguir todas as regras abaixo:
- Doar a mesma quantidade que comprar ao SUS;
- Aquisição de imunizantes para aplicação gratuita e exclusiva de seus empregados e outros prestadores de serviço, como estagiários, autônomos e terceirizados;
- Vacinar a família dos empregados;
- Comprar vacinas autorizadas por autoridades sanitárias estrangeiras reconhecidas e certificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Caso alguma regra não seja cumprida, o valor da multa será equivalente a dez vezes o valor gasto na compra de vacinas.
Vacinação no Brasil
Segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa até sábado, 10 de abril, foram aplicadas 30 milhões de doses de vacina no Brasil contra a Covid-19.
Porém, 23.097.018 pessoas receberam ao menos a 1ª dose e 6.987.008 de pessoas receberam 2ª dose. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 10,8% da população receberam apenas a primeira dose e 3,3% receberam as duas doses da vacina.
As vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil são a CoronaVac e a Oxford/AstraZeneca, as duas são divididas em duas doses.
A CoronaVac tem eficácia de 50% e tem intervalo de 2 a 4 semanas entre as 2 doses. Já a vacina Oxford/AstraZeneca tem eficácia de 76% e intervalo de 8 a 12 semanas entre doses.