Neste ano, o Brasil deverá registrar a 14ª maior taxa de desemprego do mundo. O país deve subir a taxa de desocupação para 14,5% em 2021. Esta projeção sobre a taxa de desemprego no Brasil esteve presente no levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.
No ano passado, a agência de classificação de risco indicou que o Brasil ocupou a 22ª posição entre as piores taxas de desemprego. O levantamento foi feito a partir das projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global.
Para os próximos anos, o FMI estima que o nível de desemprego deve apresentar redução no Brasil. Para 2022, a taxa de desemprego deve ser de 13,2%. Já para 2023, o índice deve ser 12,4%.
Apesar disso, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, afirmou que taxa de desemprego nacional deve estar acima de dois dígitos por um longo período, segundo apurado pelo G1.
Mesmo diante do cenário de agravamento da pandemia de covid-19, Agostini ressalta que outros países igualmente muito afetados apresentam uma projeção da taxa de desocupação muito abaixo do Brasil.
Na estimativa global, África do Sul deverá ter a pior taxa, com 29,7% de desocupação. Em seguida, as regiões com as piores projeções do FMI são o Sudão, com 28,4%, e a Cisjordânia e Faixa de Gaza, com 25,1%. Por outro lado, o país de deve ter a menor taxa de desocupação é a Tailândia, com 1,5%.
Taxa de desemprego no Brasil chega a número recorde
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro. Esta foi a maior taxa já registrada para o período.
O número de desempregados foi de 14,5 milhões. Há um ano, o registro foi de 11,9 milhões. A maior taxa de desocupação da série histórica, iniciada em 2012, havia sido no trimestre encerrado em março de 2017. Na ocasião, o registro foi de 14,1 milhões.
Ao comparar com o trimestre anterior — de agosto a outubro de 2020 (14,3%) — a taxa de desemprego ficou estatisticamente estável. Na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020 (11,2%), foi registrado uma alta de 3 pontos percentuais.