O Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou a possibilidade de uma “greve sanitária” no dia 20 deste mês, véspera do feriado de Tiradentes. A decisão sobre a greve do metrô aconteceu por meio de uma assembleia online realizada na última quarta-feira (7).
A assembleia realizada pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo contou com a participação de metroviários de todas as linhas. Os funcionários da ViaMobilidade e ViaQuatro, que são privatizadas, também fizeram parte da reunião.
De acordo com o comunicado do sindicato, dos 1.023 votantes, 661 (64,6%) decidiram pela greve. Além desta paralização indicada para o dia 20 de abril, a categoria decidiu participar do Dia de Luto e de Luta, no dia 16 de abril. Nesta data, os metroviários trabalharão sem uniforme, de preto e com adesivos.
Reivindicações do sindicato
O Sindicato do Metroviários de São Paulo afirma que a principal reivindicação é a vacinação urgente para os metroviários e demais trabalhadores do transporte público.
No comunicado, foi afirmado que o governo Doria e a direção do Metrô ignoraram o Plano de Emergência apresentado e não vacinaram os metroviários. O sindicato defende que estes são profissionais essenciais.
A outra reivindicação é de que os governos implementem o lockdown, o auxílio emergencial e as diretrizes descritas no Plano de Emergência apresentado pelo Sindicato ao estado.
De acordo com a Folha, uma nova assembleia será feita no dia 19 para tomar a decisão final.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes Metropolitanos afirmou ao Uol que segue em negociação com os metroviários. A assessoria ainda revelou que se posicionará sobre esta possibilidade de greve depois de definir o tema.
Possíveis impactos da greve do metrô em São Paulo
Caso a greve seja concretizada, a economia paulista poderia ter grande impacto negativo. Diante da pandemia de covid-19, esta possível decisão tende a ter proporções ainda maiores.
Pelo lado da população, diversos passageiros possuem o metrô como único meio de transporte para as atividades diárias. Como resultado, estas pessoas não conseguiriam se locomover aos respectivos locais de trabalho, por exemplo.
Mesmo quem ainda conta com alternativas para a locomoção seria prejudicado pela possível greve.