- Ministro da economia anuncia novos pagamentos pelo INSS;
- Salário das empresas deverá passar por outro reajuste;
- Auxílio emergencial ajuda a recuperar os índices econômicos do país.
Governo federal anuncia novas medidas de contenção da crise pelo novo coronavírus. Nessa quinta-feira (25), o ministro da economia, Paulo Guedes, concedeu uma entrevista falando sobre os planos futuros para lidar com a desestabilidade financeira do país. Em seus planos, o gestor mencionou o interesse em antecipar o 13º salário do INSS e novos cortes nos salários das empresas.
O Brasil segue lutando para se manter de pé diante dos efeitos econômicos do novo coronavírus. Além de lidar com uma das maiores crises sanitárias de sua história, é preciso ainda controlar o número do desemprego e da fome. Para quem é segurado do INSS, há boas notícias concedidas pelo governo.
Antecipação do 13º salário do INSS
Objetivando garantir uma maior rotatividade financeira ao longo dos próximos meses, Guedes informou que sua equipe vem se organizando para antecipar o 13º salário da previdência social. A previsão é de que o pagamento fique livre até o mês de junho, de modo que permita uma evolução no PIB nacional.
Entre as maiores dificuldades de validação da proposta, está a sua folha orçamentária. Com a renovação do auxílio emergencial, o governo deverá realizar uma série de remanejamentos e reajustes fiscais para garantir os recursos de custeio do 13º pelo INSS.
Quanto a isso, Guedes afirmou que se trata de uma progressão a ser feita ao longo das próximas semanas. De acordo com o ministro, em 60 dias o país terá um novo cenário financeiro totalmente diferente.
“Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem o Orçamento hoje, podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios de aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vem de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou.
Cortes nos salários das empresas
Outra ação também comentada pelo gestor foi a implementação de uma nova fase do Pronampe. O projeto vem permitindo que os empregadores reajustem os salários e jornadas de seus funcionários para garantir o funcionamento das empresas.
Todavia, há a necessidade de um novo aporte de investimentos para pagar a aqueles que tiveram cortes em suas rendas. Até o momento, a previsão é de que parte do seguro desemprego passasse a ser antecipada para assim minimizar os custos do governo. Porém, Bolsonaro não aprovou a proposta e uma nova estratégia deverá ser elaborada.
“Quem manda é a política. Tenho que aceitar e reformular o programa, então naturalmente tem mais impacto fiscal, um pouco mais de juros, de dificuldade na retomada, mais despesa”, criticou Guedes.
Alteração nos impostos
Guedes comentou ainda que estará trabalhando para gerar mudanças nas taxações tributarias de modo que gere maior lucro para o governo. Ele explica que a regra é clara, em tempos de crise, há a concessão para aumentar a arrecadação federal.
“Da mesma forma, ontem (quarta-feira) anunciamos o diferimento dos impostos do Simples, são milhões e milhões de empresas e trabalhadores que foram atingidos brutalmente com o recrudescimento da pandemia e com o reinício do lockdown”, disse Guedes.
Demais medidas orçamentárias
Enquanto não são definidas todas as etapas de antecipação do 13º e concessão do Pronampe, o ministério da cidadania atua na liberação do auxílio emergencial. A expectativa é de que o benefício altere as estatísticas nacionais, reduzindo os números de extrema pobreza.
Além disso, não se pode ignorar o fato de que com o valor do auxílio em mãos a população passa a ter um maior poder de compra e venda. Ou seja, o comercio também deverá ser impactado a partir de sua liberação.
Para 2021, no entanto, os indicativos serão menores do que aqueles contabilizados em 2020. Isso porque, nos próximos quatro meses o auxílio emergencial terá um valor quase 50% menor do que o ofertado nas primeiras rodadas.
A parcela mínima para este ano é de R$ 150 e a máxima de R$ 375. Além disso, o número total de contemplados cairá de 60 milhões para cerca de 45 milhões.
Para mais informações sobre o cenário econômico nacional e a concessão de benefícios federais, fique de olho em nosso portal.