Butantan cria 1ª vacina brasileira e deve ampliar imunização com 40 milhões de doses

Brasil poderá ter sua primeira vacina sem colaboração internacional. Nessa semana, o Instituto Butantan anunciou a conclusão dos testes pré-clínicos aplicados para uma imunizante da covid-19. O medicamento foi produzido com base no vírus inativo da gripe viária e poderá auxiliar o país no controle aos números da pandemia.

Butantan cria 1ª vacina brasileira e deve ampliar imunização com 40 milhões de doses (Imagem: Alena Shekhovtcova/Pexels)
Butantan cria 1ª vacina brasileira e deve ampliar imunização com 40 milhões de doses (Imagem: Alena Shekhovtcova/Pexels)

Uma nova vacina contra a covid-19 vem sendo produzida pelo Instituto Butantan. Os testes iniciais revelaram que o medicamento apresenta resolução diante da pandemia e poderá otimizar o cronograma nacional de vacinação.

De acordo com o governador de São Paulo, João Doria, o imunizante, quando aprovado, poderá gerar até 40 milhões de doses a partir de maio.

“É um anúncio histórico para o Brasil. Trata-se da primeira vacina fabricada 100% com tecnologia nacional”, falou Doria em coletiva de imprensa realizada nessa semana.

Previsão de aplicação da nova vacina

Diante do andamento dos testes clínicos, a Butanvac deverá ficar disponível já nos próximos meses. A previsão é de que a partir de maio milhares de doses passem a ser aplicadas, inicialmente em São Paulo e depois nas demais regiões do país.

Os testes voluntários passarão a ser feitos em abril, sob a autorização da Anvisa. De acordo com o Instituto Butantan, a solicitação será emitida já nesta sexta-feira (26) para a realização da fase 1. Na sequência, serão enviados os certificados de protocolo da Butanvac para a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“O desenvolvimento da vacina começou um ano atrás”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. “Em um mês, devemos terminar a fase de avaliação clínica e aí iniciar de fato a produção“.

Tecnologia 100% brasileira

O gestor explicou ainda que será adotada a mesma tecnologia adotada na fabricação da vacina de gripe, que na época foi aplicada em 80 milhões de pessoas por ano no Brasil.

“Hoje, precisamos ter uma esperança de retorarmos a nossa vida. A vacina é a nossa esperança. Não dependeremos de insumos de fora, com isso produziremos mais vacinas”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do governo de São Paulo.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.