Trabalhadores não terão folga na antecipação de feriados e devem ganhar salário extra

Pandemia reorganiza calendário de trabalho no Rio de Janeiro e em São Paulo. Diante dos altos índices de contaminação pela covid-19, os governos estaduais de ambos os estados informaram que irão decretar um feriado de 10 dias ao longo da páscoa. A decisão objetiva reduzir o número de pessoas nas ruas e resultará no reajuste salarial dos trabalhadores.

Trabalhadores não terão folga na antecipação de feriados e devem ganhar salário extra (Imagem: Google)
Trabalhadores não terão folga na antecipação de feriados e devem ganhar salário extra (Imagem: Google)

Para quem é servidor de empresa pública e privada, será preciso ficar atento. De acordo com o novo decreto publicado pelo governo do Rio de Janeiro e de São Paulo, as duas capitais ficarão em feriado desta sexta-feira (26) até o domingo de páscoa (04). Ou seja, durante 10 dias não haverá jornada de trabalho presencial, apenas por home office.

O que altera em meu salário?

Para quem estiver trabalhando de casa, no modelo home office, o trabalho não resultará no acréscimo de salário. Isso porque, por ser uma situação de calamidade pública, a medida não poderá ser vista como folga efetiva.

No caso dos servidores públicos, o funcionamento dos órgãos irão variar de acordo com cada administração. Há setores que estão fazendo um rodízio entre a equipe para definir os dias e horários de trabalho de cada contratado.

Para quem é de empresa privada, há a possibilidade de um pagamento duplicado. O valor só será concedido se a empresa acordar com seu funcionário e tenha o interesse de financiar a jornada dupla. No entanto, é importante reforçar que a medida não é de caráter obrigatório.

O que diz a lei?

Conforme explica o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Paulo Sardinha, supostamente as regras deveriam ser as mesmas de um feriado comum. Ou seja, paga-se o dobro pelas horas trabalhadas ou pode-se negociar compensações no banco de horas.

No entanto, como se trata de uma situação atípica e emergencial, onde as empresas já estão com défice na folha de pagamentos, há de se esperar uma flexibilização do governo com tais implicações.

Diante de tal cenário, advogados trabalhistas explicam que para que o cidadão não saia no prejuízo, o melhor caminho é a negociação, por meio do banco de horas. Desse modo, ele pode tirar folgas futuras ou receber posteriormente.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.