Renda do brasileiro deve ter queda de R$ 157 bilhões mesmo com auxílio emergencial

A projeção é da Tendências Consultoria e mostra que a renda do brasileiro ficará menor este ano, mesmo com a liberação de novas parcelas do auxílio emergencial. Esse agravamento na situação financeira é devido a baixa ajuda por parte do governo e o aumento do desemprego gerado pela pandemia de Covid-19.

Renda do brasileiro deve ter queda de R$ 157 bilhões mesmo com auxílio emergencial
Renda do brasileiro deve ter queda de R$ 157 bilhões mesmo com auxílio emergencial (Imagem: Reprodução/Google)

De acordo om o relatório da Tendências Consultoria, a diminuição do valor pago nas parcelas do auxílio emergencial. Assim como, na diminuição do número de contemplados, são causas para a queda de R$ 157 bilhões na renda dos brasileiros.

Porém, essa não é a única causa do recuo, pois a taxa alta do desemprego e a 2ª onda da Covid-19 tem agravado a situação financeira dos brasileiros. Para piorar a situação, o agravamento da doença e a adoção de medidas de restrição mais severas fará com que a recuperação do mercado de trabalho seja mais lenta.

De acordo com o documento apresentado pela Tendências Consultoria e assinado pelo economista Lucas Assis, em 2020 a renda total domiciliar no Brasil teve uma alta de 5,2%. Porém, a projeção para este ano é que haja uma retração de 3,5%.

Para a pesquisa foi considerada a massa de rendimentos, ou seja, o total recebido por todos os trabalhadores no país. No ano passado, o montante foi de R$ 4.460 trilhões. Porém, a projeção é que neste ano seja de R$ 4,303 trilhões.

Dessa maneira, caso a projeção apresentada pela Tendências Consultoria se concretize, a diferença será de R$ 157 bilhões de um ano para o outro. É importante destacar que a consultoria considerou todas as fontes de renda.

Sendo assim, consideraram rendimentos vindos de trabalho, aluguel, benefícios previdenciários sociais ou privados e, até mesmo, dos programas sociais, como o Bolsa Família e o auxílio emergencial.

De acordo com a pesquisa, o grupo que sentirá mais o recuo na renda será os mais vulneráveis. Isso porque terão uma diminuição nos rendimentos de 62,2%. Esse quantitativo é ainda pior, após um avanço de 221,7% no ano passado.

Essa grande alta veio para as pessoas em situação de vulnerabilidade social após o início do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 (por cinco meses) e R$ 300 (por quatro meses).

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.