MPs relacionadas ao auxílio emergencial foram prorrogadas após decisão de Bolsonaro

Pontos-chave
  • Bolsonaro assina MP prorrogando o auxílio emergencial;
  • Texto original tem os valores reajustados;
  • Regras de inclusão e exclusão também são alteradas.

Bolsonaro assina medidas provisórias que autorizam a prorrogação do auxílio emergencial. Nessa quinta-feira (19), o presidente se reuniu com sua equipe econômica para validar a extensão do coronavoucher. Neste ano, o governo deverá contemplar cerca de 45 milhões de famílias, tendo o projeto um custo médio de R$ 43 bilhões. Acompanhe.

MPs relacionadas ao auxílio emergencial foram prorrogadas após decisão de Bolsonaro (Imagem: Google)
MPs relacionadas ao auxílio emergencial foram prorrogadas após decisão de Bolsonaro (Imagem: Google)

A prorrogação do auxílio emergencial foi definitivamente aprovada. Após o texto da PEC orçamentária ser aceito pelo Senado, Congresso e Câmara dos Deputados, a medida provisória finalmente chegou à mesa do presidente que acabou de sanciona-la. Desse modo, fica permitido que o programa opere até dezembro de 2021.

Valores do auxílio emergencial 2021

Apesar de assinar o projeto implantando em 2020, Bolsonaro e sua equipe fizeram uma série de alterações em seu texto. A primeira grande mudança está relacionada ao seu valor, que agora contará com três faixas de salários.

A primeira é de R$ 150 disponível para as famílias que tenham apenas 1 integrante. A segunda será de R$ 250 para famílias com mais de uma pessoa. A terceira e última é de R$ 375 liberada exclusivamente para as mães solteiras que comprovem ser as únicas provedoras de seus filhos.

A estimativa é que sejam disponibilizadas 4 parcelas entre abril e agosto deste ano, com chance de prorrogação.

Critérios de inclusão

Para poder receber o benefício será preciso de enquadrar nas novas normas propostas pelo governo. Elas afirmam que o pagamento será concedido para os trabalhadores informais ou beneficiários do Bolsa Família que comprovem ter uma renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300).

Além disso, pessoas com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$550) também poderão ser contempladas. Por fim, aqueles que foram vinculados ao projeto em 2020.  

É importante ressaltar, no entanto, que a inclusão no projeto em 2020 ou a delimitação dos critérios de renda acima não será o suficiente para incluir toda a população que se enquadre nesses grupos. Dentro das regras impostas, o governo realizará ainda um processo de triagem.

Ao todo, a previsão é de que dos 60 milhões contemplados em 2020, apenas 45 milhões (incluindo a população do Bolsa Família) permaneça na folha orçamentária.

Inscrições Bolsa Família 2021: Cadastro & Regras (ATUALIZADO)

Critérios de exclusão pelo projeto

Dentro do processo de triagem mencionado, o governo desclassificará ainda os:

Calendário e formas de pagamento do auxílio emergencial

Os cronogramas de pagamentos deverão ser anunciados em breve, seguindo o modelo adotado pela Caixa Econômica em 2020. A instituição deverá separar os contemplados de acordo com suas datas de aniversário.

Inicialmente o valor será depositado em suas contas do Caixa Tem, podendo os recursos serem utilizados apenas pela plataforma. Após aproximadamente 30 dias é que será concedida a autorização para saque e transferências bancárias desde que realizada para outra conta de mesma titularidade.

MPs relacionadas ao auxílio emergencial foram prorrogadas após decisão de Bolsonaro (Imagem: Google)
MPs relacionadas ao auxílio emergencial foram prorrogadas após decisão de Bolsonaro (Imagem: Google)

Balanço total dos pagamentos

O governo deverá investir cerca de R$ 43 bilhões para 45,6 milhões de pessoas. Desse total:

Para que as transações fossem concedidas, o governo aprovou a PEC emergencial que determina que os gastos referentes ao projeto não entrarão no teto orçamentário da União.

“A PEC permitiu um regime orçamentário excepcional para situações de calamidade pública, que passam a ser definidas pelo Congresso Nacional. Dessa forma, o governo federal poderá ultrapassar o limite do teto de gastos, sem comprometer a meta de resultado fiscal primário e sem afetar a chamada regra de ouro”, informou o governo.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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