Em dois anos de governo do atual presidente, Jair Bolsonaro, a capacidade de compra dos brasileiros tem redução expressiva. Conforme apurado, neste mesmo período nos anos de 2019 e 2020, houve um aumento expressivo na marca de 32,56% no valor da cesta básica.
Isso porque, com apenas R$ 100,00 no bolso, em janeiro de 2020, o consumidor brasileiro que ia ao supermercado, conseguia sair do estabelecimento com cerca de 11 produtos.
O básico como arroz, feijão, açúcar, café, talvez um quilo de carne de primeira, pão francês, queijo mussarela e até mesmo um pacote de biscoito recheado.
Porém, a mudança no cenário foi nítida em 2020, especialmente a partir do momento em que o auxílio emergencial começou a ser pago.
Isso porque, os preços se elevaram bastante, requerendo que o consumidor brasileiro precisasse fazer escolhas sábias do que realmente precisava ao fazer as compras de mantimentos.
Também com R$ 100,00 no bolso, na época mencionada, já não era mais possível colocar no carrinho o quilo de carne de primeira, que passou a ser substituído por frango.
Embora o número de itens levados nesta compra não tenha sido reduzido em massa, tornou-se necessário analisar bem quais produtos seriam levados e a qualidade dos mesmos.
Para conseguir manter o poder de compra, o consumidor precisa trocar o saco de 5 kg de arroz, por 3 kg. Além do que, produtos como o queijo mussarela e o pacote de biscoito recheado devem ser descartados nessa compra.
Conforme apurado, os principais itens adquiridos desde o início da pandemia e mudanças drásticas na economia, foram o frango, macarrão e extrato de tomate.
Um ano mais tarde, os pagamentos do auxílio emergencial serão retomados, ainda que em um valor inferior. Com a média de R$ 250,00, o consumidor do Estado de São Paulo conseguirá adquirir cerca de 39% da cesta completa de alimentos. Lembrando que em determinado momento, o valor médio da cesta básica já chegou a ser R$ 639,47.
Atualmente, mais da metade do salário mínimo, mais precisamente 54,23%, é gasto com alimentos. Para a supervisora da pesquisa de preços do Dieese, Patrícia Costa, “Se você pensar em uma família de baixa renda, em que todos são informais, eles já perderam renda na pandemia e agora estão sem o auxílio.
As possibilidades vão ficando cada vez mais restritas, e o acesso a uma alimentação completa e três refeições vai diminuindo”, declarou.
A alta dos alimentos durante a pandemia chegou a triplicar com base na inflação oficial estabelecida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O salário mínimo vigente é de R$ 1.100,00 e, estudos apontam que a diferença no poder de compra poderá ser compensado somente no ajuste previsto para 2022.