Governo ameaça acabar com tributação das construtoras no Minha Casa Minha Vida

Presidente desaprova texto de consolidação do Casa Verde e Amarela (CVA) e solicita revisão nos tributos do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Ao longo dos próximos dias, os parlamentares terão que se reunir para definir o funcionamento dos programas habitacionais brasileiros. A votação será necessária diante do interesse de Bolsonaro em acabar com os impostos pelo antigo projeto.

Governo ameaça acabar com tributação das construtoras no Minha Casa Minha Vida
Governo ameaça acabar com tributação das construtoras no Minha Casa Minha Vida (Imagem: Google)

O Casa Verde e Amarela já está em funcionamento no país, mas ainda há questões em seu projeto que precisam ser avaliadas. Entre as implicações de Bolsonaro, está a anulação do regime especial de tributação para as construtoras parceiras que levantarem imóveis de até R$ 124 mil.

A determinação do imposto acima já era aplicada no Minha Casa Minha Vida e deveria se manter no novo programa. Porém, o presidente informou que desejar acabar com os impostos, de modo que otimize a relação do governo com as empreiteiras.

Tributação

Para cada empresa parceira do programa, o governo determinava um recolhimento unificado de 4% da receita mensal adquirida por meio do contrato da construção.

O projeto explica que a alíquota é equivalente a unificação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

O que Bolsonaro deseja é zerar tais cobranças e assim reduzir os custos das construtoras que se vincularem ao projeto. Segundo ele, a iniciativa traz benefícios não só para as empreiteiras, como também para a população diante de uma ação de fomento no mercado imobiliário.

Nova análise do projeto

Ao longo dos próximos dias, o governo terá de marcar uma nova reunião com seus líderes para definir como funcionarão as tributações do programa.

Quando houve o veto de Bolsonaro, o Palácio do Planalto justificou que, “apesar de meritória”, “a proposição encontra óbice jurídico por não apresentar a estimativa do respectivo impacto orçamentário e medidas compensatórias correspondentes”.

É importante ressaltar que, mesmo com tais questões em resolução, o Casa Verde e Amarela permanece em funcionamento e o MCMV também manteve os contratos que estavam em aberto. No novo programa, estão sendo aceitas famílias com uma renda mensal de até R$ 7 mil.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.