Governo de São Paulo recua e não decreta fase roxa no estado

Em São Paulo, o governo do Estado vai aguardar mais alguns dias para decidir se implantará ou não, medidas de isolamento mais rígidas para a circulação de pessoas. O Centro de Contingência contra a Covid-19 avaliou que ainda é cedo para observar os reflexos da volta para a fase vermelha, na última semana.

Governo de São Paulo recua e não decreta fase roxa no estado
Governo de São Paulo recua e não decreta fase roxa no estado (Imagem: Governo do Estado de São Paulo)

O funcionamento de igrejas e templos religiosos, a restrição de horários em alguns serviços essenciais e a suspensão das aulas presenciais, são os principais pontos em discussão. Um lockdown também não foi descartado.

Desde do último sábado, 6, todo o estado de São Paulo voltou para a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva. A diferença em comparação com a primeira vez, é que agora as escolas e igrejas puderam funcionar.

O comitê de saúde aguardava que com a volta para a fase vermelha, os Índices da pandemia apresentassem melhora, o que ainda não aconteceu.

“O Centro de Contingência discute a necessidade de novas medidas mais restritivas, estamos trabalhando nisso. Conforme seja necessário, vamos anunciar, em breve, novas medidas. Tudo indica que sim, porque estamos vendo o aumento no número de casos e de internações. O que fazemos hoje vai ter consequências ao longo de pelo menos uma ou duas semanas, não é imediato e é desta forma que estamos trabalhando”, explicou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência contra a Covid-19 do Estado de São Paulo.

Na última terça, 9, São Paulo tinha uma taxa de ocupação de leitos de UTI em 82%, uma das maias altas já registradas na pandemia. 

Porém, 32 municípios já têm ocupação total, de 100%. Cerca de 120 pacientes procuram UTIs por dia. Trinta pessoas morreram no estado nos últimos dias na fila de espera. A média diária de pedidos de internações de pacientes com a covid-19 em leitos de UTI e de enfermaria bateu recorde com 2.320 pedidos.

Na mesma terça feira, foram confirmados ainda 517 óbitos pela doença, o maior registro desde o início da pandemia, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo. O número de casos foi de 16.058, um dos mais altos.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.