Brasil deve viver nova fase com desemprego em alta. Diante da permanência do novo coronavírus, analistas esperam que uma segunda onda de demissões aconteça em 2021. De acordo com o os dados do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas (FGV), houve um recuou de desligamentos em 0,6 pontos ao longo do mês de fevereiro.
Além da crise sanitária que já matou mais de 100 mil pessoas, o novo coronavírus vem impactando diretamente no mercado de trabalho.
As taxas de desemprego estão apresentando uma instabilidade imensa, com uma média trimestral do IAEmp de redução de 0,5 pontos para 84,0 pontos.
Pesquisa traz projeções futuras
Analista da FGV afirmam que nesse momento não é possível enxergar uma melhora no que diz respeito aos índices de desemprego.
Sem previsão de recuperação pelo novo coronavírus o país segue tendo sua economia gravemente afetada, mesmo com a campanha de vacinação já em andamento.
“Depois de um período de recuperação do IAEmp, que durou até o final do ano passado, o início de 2021 mostra que esse não será um processo simples e que ainda existem muitos obstáculos. O cenário ainda é muito incerto e o recrudescimento da pandemia torna ainda mais difícil a retomada de setores-chaves para o emprego, como por exemplo o setor de serviços. Enquanto não for possível observar efeitos positivos da vacinação, é difícil pensar em resultados positivos para o mercado de trabalho”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.
Indicadores do desemprego
Enquanto a taxa de contratações diminui, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,5 ponto, para 99,3 pontos. Isso significa que mais pessoas estão sendo afastadas de seu trabalho do que aceitas em novos cargos. Quanto maior for o número do ICD, pior é o resultado da economia nacional.
“Nos últimos resultados, o ICD vem oscilando em patamar muito elevado. Esse cenário sugere que a taxa de desemprego deve continuar sendo pressionada nesses primeiros meses do ano, principalmente com a piora nos números da pandemia. Diante desse cenário, para os próximos meses ainda é difícil imaginar uma trajetória muito positiva”, de acordo com Tobler.
A pesquisa levou em consideração os números de admissões e demissões doo mês de fevereiro. Segundo os dados, a população menos afetada tem sido a de familiar com renda entre R$ 4.800.00 e R$ 9.600.00.