Volta às aulas presenciais pode ser seguro? Entenda visão de especialistas

Fevereiro e março sãos os meses escolhidos por diversos estados brasileiros para a volta às aulas presenciais. Mas seria possível retomar as atividades de forma segura? Confira agora o que dizem os especialistas da Unicef no Brasil.

Volta às aulas presenciais pode ser seguro? Entenda visão de especialistas
Volta às aulas presenciais pode ser seguro? Entenda visão de especialistas (Imagem: Google)

A volta às aulas presencias já é uma realidade no país, ainda que não em todos os estados.

São Paulo, por exemplo, já retomou as atividades, mesmo em meio a greve dos professores e debates entre as secretarias de saúde e educação.

Volta às aulas presenciais na pandemia

No último dia 24 de fevereiro, a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância e a Frente Parlamentar Mista da Educação realizaram um encontro para debater esse retorno presencial.

Existe uma defesa muito forte de que a retomada da educação de forma presencial pode ser segura. Já que diversos outros país já deram esse passo e demonstraram que o ambiente escolar foi é um foco de disseminação do vírus.

“Os adultos, eles são mais infectados, eles transmitem mais o vírus do que as crianças que, inclusive, possuem um quadro mais leve e uma baixa mortalidade, felizmente, em relação ao Sars-Cov-2”, afirma Roberto Medronho, infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Além da questão do aprendizado, que é extremamente importante, especialistas levantam outros pontos, como a saúde mental dos estudantes.

Para Florence Bauer, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, a volta ás aulas presenciais podem diminuir diversos problemas da sociedade, incluindo:

A evasão escolar; a violência doméstica; pode melhorar a saúde mental; melhorar a nutrição das crianças, já que muitas delas têm a merenda escolar como principal alimentação.

A deputada coordenadora da Frente Parlamentar da Primeira Infância, Leandre Dal Ponte, ainda acrescenta:

“Quanto mais tempo a gente demorar, eu tenho certeza que mais dificuldades nós teremos. A gente sabe também que a escola exerce um papel extremamente importante na vida das crianças e das suas famílias, e também é um grande agente de proteção das crianças e dos adolescentes.

Como ter uma volta às aulas presenciais segura?

Confira as dicas para esse momento de retorno seja com mais segurança:

  1. Uso de máscara, já é uma prática exigida em todos os ambientes e na escola também deve ser.
  2. Revezamento, ajuda diminuir o contato entre os estudantes e também no controle interno e limpeza dos ambientes.
  3. Higienização, as escolas podem adotar aulas para ensinar os estudantes as diversas formas de higienização das mãos e dos ambientes durante esse momento de pandemia.
  4. Atenção aos momentos em que é necessário tirar a máscara, no almoço, nos lanches, para beber água, nessas horas, os estudantes podem abaixar a máscara. Mas é necessária atenção por parte da equipe da escola e também do próprio estudante, que deve ser instruído quanto aos protocolos e ao distanciamento.
  5. Materiais são de uso pessoal, nesse momento, o estudante precisa ser instruído para não emprestar ou a trocar materiais e lanche.
  6. Atenção aos ambientes, higienização, arejamento e distanciamento são essenciais.
  7. De olho nos grupos de risco, as escolas precisam ter atenção àqueles profissionais que não devem frequentar o ambiente escolar, por conta do risco maior de ficarem doentes. Para esses profissionais, deve ser dada a oportunidade de trabalho remoto.
  8. A educação não acontece só na escola, os pais precisam instruir seus filhos quantos a higienização das mãos, distanciamento, uso de máscara, uso individualizado do material, etc.
  9. De olho nos sintomas, ouvimos em todos os locais quais são os sintomas da Covid-19, mas é importante ficar de fato de olho, e aparecendo os primeiros sinais, já fazer a notificação e respeitar o isolamento.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.
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