Em meio a desentendimentos com Jair Bolsonaro, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, colocou o cargo à disposição, segundo informações do O Globo. Apesar dos rumores, o Banco do Brasil realizou um comunicado negando o pedido de renúncia.
A decisão de colocar o cargo à disposição teria sido por conta de desgastes com Bolsonaro. O desentendimento tem acontecido desde o anúncio do plano de fechamento de agências do Banco do Brasil.
De acordo com O Globo, Brandão teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para manifestar o desconforto em permanecer no cargo. O incômodo seria por conta dos rumores de que Bolsonaro gostaria de promover uma mudança na presidência do BB.
Essa notícia teria resultado em uma corrida política para ocupar a vaga, segundo o Estadão. Os integrantes da ala militar teriam o interesse de ter o atual secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto Junior, no cargo.
Pelo lado da equipe econômica, o interesse seria de o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, ocupar o posto. Dentro do Banco, um nome forte seria do vice-presidente de agronegócio e governo, João Rabelo Júnior. Outro nome circulado seria do presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa.
Como resultado do rumar da mudança da presidência, as ações do Banco do Brasil fecharam em queda de quase 5% na última sexta-feira (26). No pregão, foi registrada uma redução de 4,92%, a R$ 28,05. A mínima do dia foi de R$ 5,39%.
Após o fechamento do mercado, o BB emitiu um comunicado negando a informação. Segundo a instituição, não houve pedido formal de renúncia por parte de André Brandão. Além disso, o Banco alegou que não possui conhecimento das fontes das notícias veiculadas.
Desentendimento entre Bolsonaro e o presidente do BB
No início deste ano, Bolsonaro e o presidente do Banco do Brasil haviam se desentendido por conta da divulgação do plano de reestruturação da instituição financeira. O BB tinha anunciado o fechamento de mais de 300 agências pelo país e um plano de demissão voluntária.
A ideia seria de economizar R$ 10 bilhões até 2025. Na ocasião, o chefe do Executivo considerou tirar Brandão da presidência da instituição, mas voltou atrás.