Após conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da República Jair Bolsonaro detalhou o que deve ser feito a respeito da prorrogação do auxílio emergencial. Segundo Bolsonaro, os beneficiários podem aguardar o recebimento de quatro parcelas do benefício distribuídas nos meses de março, abril, maio e junho.
Ainda de acordo com o presidente, outros detalhes sobre o auxílio ainda estão em processo de definição com a equipe econômica e com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
“Estive hoje com Paulo Guedes. A princípio, o que deve ser feito? A partir de março, por quatro meses, R$ 250 de auxílio emergencial. Então é isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado, em especial com presidentes da Câmara [Arthur Lira (PP-AL)] e do Senado [Rodrigo Pacheco (DEM-MG)], porque a gente tem certeza de que, se nós acertarmos, vai ser em conjunto”, disse o presidente, durante live realizada nas redes sociais.
Ainda no vídeo, Bolsonaro reafirmou que a a capacidade de endividamento do país “está no limite”. Porém, a expectativa do governo é que a prorrogação do auxílio movimente a economia. “Pegar de vez, para valer”, disse Bolsonaro.
Ele aproveitou a oportunidade para falar sobre a possível reformulação do programa social Bolsa Família, criado no governo Lula. “Essa é a nossa intenção e trabalhamos com esse propósito”, disse.
Se as parcelas de R$ 250 durante quatro meses forem oficializadas, o governo federal irá ter um custo de R$ 40 bilhões com a prorrogação do auxílio emergencial. Isso porque o número de beneficiários foi reduzido.
Um cruzamento de 11 bases de dados resultou em um pente fino. Das 60 milhões de pessoas que receberam o benefício no ano passado, apenas 40 milhões estariam aptas para este ano.
O pente fino eliminou da lista diversos grupos, entre eles, o formado por pessoas que conseguiram um trabalho, faleceram e os que recebem algum salário da iniciativa pública, como pensão ou aposentadoria.
Quanto à forma de pagamento do auxílio, o governo pretende realizar através da mesma plataforma de 2020: no aplicativo Caixa Tem, da Caixa Econômica Federal.