Segurados do Bolsa Família poderão ficar de fora da nova rodada do auxílio emergencial. Os últimos dias têm sido intensos entre a gestão federal para poder garantir as formas de custeio do coronavoucher. Já confirmada a concessão de mais três mensalidades, os ministérios da cidadania e da economia trabalham agora para definir quem serão os contemplados.
De acordo com a previsão inicial, o governo deverá beneficiar cerca de 33 milhões de brasileiros.
O número corresponde a aproximadamente 50% dos cadastrados no auxílio emergencial em 2020, o que significa que poderá haver o desligamento daqueles vinculados ao Bolsa Família.
Integração dos programas
Em 2020, ao liberar o auxílio emergencial, o governo federal passou a incluir automaticamente todos os segurados do Bolsa Família dentro das mensalidades. Desse modo, 14 milhões de famílias brasileiras tiveram acréscimos em sua renda que variou entre R$ 300 e até R$ 1.200.
Para esse ano, no entanto, não foi confirmada a unificação dos programas. A ideia é que parte dos segurados do Bolsa Família contem com a extensão de renda, mas nada ainda foi definitivamente consolidado.
Segundo Paulo Guedes, será preciso antes de mais nada definir no Congresso o valor das mensalidades. O ministro da economia defende que a quantia por cidadão não poderá ser superior a R$ 300, caso contrário irá gerar um novo endividamento público.
Somente com a definição orçamentária do programa é que o ministério da cidadania avaliará se o Bolsa Família poderá ou não ser contemplado. Por enquanto, os cadastrados permanecem recebendo seus salários com valores de cerca de R$ 190 a depender da situação familiar.
Reformulação do Bolsa Família em 2021
Não se pode descartar que o governo vem trabalhando para aplicar uma reforma no Bolsa Família. Se a proposta for aceita, há uma probabilidade de que o auxílio emergencial se desconecte de sua folha de pagamento.
Entre as medidas informadas pelo presidente Jair Bolsonaro nessa etapa de restauração do programa, há a possibilidade de aumentar o valor de base das mensalidades para R$ 200. E também de criar novos abonos que funcionarão como uma extensão e complementação de renda.