Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, aconselhou os prefeitos a utilizarem todo o novo lote de 4,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para a aplicação da primeira dose. Ele alega que a produção de novos lotes da vacina estão garantidos.
No Brasil estão sendo distribuídas atualmente duas vacinas contra o coronavírus, a CoronaVac e a Oxford/Astrazeneca. Ambas necessitam de duas doses.
A informação foi divulgada hoje, 19, pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que participou de uma reunião com ministro, e posteriormente confirmada pelo ministério.
Os novos lotes da vacina estão atrasados e geraram uma troca pública de farpas entre o Ministério e o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac.
O ministro afirmou aos prefeitos que irá alterar a estratégia de vacinação que as novas doses devem ser aplicadas em 4,7 milhões de brasileiros, e não mais em somente metade desse total.
O ministério prevê receber este novo lote de vacinas entre a próxima terça, 23 e o início de março. Serão 2 milhões de doses da vacina de Oxford e 2,7 milhões da CoronaVac.
Não existe atualmente, nenhuma regra para a aplicação das doses da vacina. Cabe a cada município priorizar os grupos de risco e como irá vacinar.
Há cidades que optaram por vacinar mais pessoas com a primeira dose, já outros, dividiram os lotes para que cada pessoa tivesse garantia de que receberia a segunda dose. Os grupos de risco também variam em cada local.
Existem dois tipos de vacinas que estão sendo aplicadas: CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e Oxford/AstraZeneca, distribuída pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O certo é o paciente receber as duas doses produzidas pelo mesmo laboratório.
Segunda Dose
Segundo a nota publicada pelo Ministério da Saúde, a segunda dose do Butantan será aplicada de 14 a 28 dias após a primeira, de acordo com a orientação do fabricante.
A pasta disse que receberá, no mês que vem, 21 milhões de vacinas do Butantan, o “que deve garantir a segunda rodada de imunização”.
De acordo com a nota divulgada sobre a reunião, o Ministério da Saúde não explicou se os municípios que esperam novas vacinas para aplicação da segunda dose poderão usar o novo lote para isso, ou se terão que aplicar tudo como primeira dose.