Novo marco do saneamento fica parado após atraso do governo Bolsonaro

Governo Bolsonaro atrasa definição do novo marco do saneamento. Com a pandemia do novo coronavírus movimentando a agenda federal, algumas pautas relevantes passaram a ser engavetadas pela administração pública. Entre elas, está a definição do período de contrato para as empresas de saneamento básico, que vem gerando problemas nacionais.

Novo marco do saneamento fica parado após atraso do governo Bolsonaro (Foto Google)
Novo marco do saneamento fica parado após atraso do governo Bolsonaro (Foto Google)

A definição do novo marco do saneamento era uma das pautas a ser debatidas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em 2020. Por meio dela, o governo deveria definir o período de contrato das empresas para que haja a renovação de seus serviços.

Inicialmente, Bolsonaro previa uma contratação com um prazo de 30 anos, porém novas edições devem ser feitas.

De modo geral, o projeto tem como finalidade ditar as regras para determinar a capacidade financeira das empresas do setor.

A ideia é que haja um valor de base e uma série de condutas a serem reproduzidas por todas evitando assim grande competividade no mercado.

Companhias públicas cobram prazo do governo

Sem a previsão de renovação de contrato, uma serie de companhias publicas vem cobrando posicionamentos do governo. A Associação das Empresas Estaduais de Saneamento Básico (Aesbe) está elaborando um processo de dilatação de prazo no Congresso para que a proposta seja revista.

De acordo com o presidente da associação, Marcus Vinicius Neves, a pauta deve ser debatida de forma coletiva, havendo a participação de representantes do setor.

Como eu vou montar os blocos regionais se eu não sei como serei avaliado?”, questionou.

Ele reforça que a falta de decisões sobre o prazo deverá prejudicar o país de modo geral, tendo em vista que as companhias estão sem possibilidade de elaborar planejamentos para a execução de seus serviços em 2021.

Diretor da Abcon, Percy Soares, explica que a definição do orçamento para os próximos anos de gestão já pode ser feita por parte das companhias, mas que provavelmente ficará sujeita a edições a depender das determinações federais.

“Não há nenhum impedimento, desde o dia da aprovação da lei, que os Estados e as companhias estaduais começassem a trabalhar na direção da lei. A narrativa vai se transformando no objetivo principal, que é de não mexer no status quo das companhias estatais, postergar a competição, a abertura desse mercado”, avaliou Soares.

 

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.