- O financiamento imobiliário tem registrado alta durante a pandemia de covid-19;
- Os interessados podem encontrar taxas de juros mais atrativas;
- Será possível encontrar contratos de financiamento variados para necessidades distintas.
Diante de um cenário de isolamento social, as pessoas estão demonstrando cada vez mais interesse em realizar um financiamento imobiliário. Para este ano, a tendência é de aumento de compras de imóveis. Para escolher escolher as melhores opções no mercado, alguns pontos devem ser considerados.
Apesar da crise econômica causada pela pandemia de covid-19, o mercado imobiliário registrou alta em 2020. Com a taxa básica de juros, a Selic, no menor patamar histórico, o financiamento imobiliário esteve mais barato.
Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos de imóveis por meio de recursos da poupança tiveram o valor total de R$ 92,7 bilhões. Este número representa um aumento de 48,8% em relação ao mesmo período de 2019.
A intenção de comprar um imóvel nos próximos três meses aumentou de 43%, no segundo trimestre para 48% no terceiro trimestre de 2020, de acordo com uma pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e Grupo Zap.
Fatores que podem aumentar a adesão ao financiamento imobiliário em 2021
A Abecip projeta que o financiamento de imóveis tenha aumento de 27% em relação ao ano passado. Alguns fatores têm contribuído para a expectativa positiva nas compras de imóveis financiados.
Mesmo com uma possível alta da taxa Selic para 3,5% ao ano, os juros do financiamento tendem a oferecer condições especiais. Com a diversificação das linhas de crédito, a população com mais dificuldade financeira também pode aproveitar condições especiais.
Em meios às opções de financiamento no setor, os interessados podem encontrar imóveis com prazos de pagamento maiores. Com a perspectiva de melhora da economia, por conta do início do plano de imunização contra o coronavírus, o poder de compra da população pode registrar alta.
Outro ponto que contribui para o aumento de interessados em comprar uma casa é por conta das condições menos favoráveis para um aluguel. Em 2020, o índice de inflação que tem como base o reajuste dos contratos de aluguel, o IGP-M, teve um aumento de 23%.
O isolamento social também tem feito com que as pessoas valorizem mais o próprio lar. Pelo fato de que muitas das atividades estão sendo feitas dentro de casa, o interesse em efetuar um financiamento imobiliário tem crescido.
Opções de financiamentos imobiliários de acordo com o perfil do interessado
Antes de escolher por uma opção de financiamento imobiliário, o interessado deve considerar alguns fatores. A situação de vida da pessoa pode oferecer algum financiamento específico.
Em geral, a pessoa pode encontrar algumas bases de correção de contratos de financiamento imobiliário. A mais tradicional é a taxa fixa com — ou sem — correção pela Taxa Referencial (TR). Neste caso, as prestações praticamente não mudam. No entanto os juros tendem a ser maiores.
Além desta opção, há outras taxas com percentuais menores, mas com índices flutuantes. Sendo assim, as demais bases de correção de contratos podem ser mais arriscadas para um financiamento de longo prazo.
Pessoas que já possuem despesas fixas, por exemplo, podem optar pelos financiamentos com a taxa de juros fixa. Dessa forma, será possível pagar os compromissos sem risco de maior variação do financiamento.
Para quem tem uma renda mais estável e menos compromissos financeiros externos, podem decidir por financiamentos com taxas de juros variáveis, com a correção pelo IPCA ou pelo rendimento da poupança, por exemplo. Mesmo que os riscos de variações sejam maiores, o percentual mensal será menor.
Em meio às incertezas financeiras, o os financiamentos com mais risco podem ser mais aconselhados para quem pretende pagar em um curto prazo. Independentemente da opção escolhida, a pessoa deve realizar um planejamento financeiro para diminuir os riscos de dívida.
Vale destacar que há perspectiva de aumento dos juros futuros e da taxa Selic. Sendo assim, caso a pessoa escolha um financiamento imobiliário com a correção por um índice variável, é importante estar se organizar para as possíveis altas nos preços.
Em suma, a escolha deve ser baseada conforme o perfil de renda, familiar e estratégico, caso a compra do imóvel seja para investimento.