Apesar da desaceleração da inflação em janeiro, a alta dos alimentos e bebidas puxou o índica para cima. Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor ao Consumidor Amplo (IPCA), o grupo Alimentação e bebidas teve aumento médio de 1,02% em janeiro.
Mesmo com a alta na inflação dos alimentos e bebidas em janeiro, a variação foi melhor que a registrada em dezembro. O último mês do ano passado teve a variação de 1,74%. Os resultados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta terça-feira (9).
Os alimentos para consumo no domicílio tiveram desaceleração nos preços. O percentual passou de 2,12% para 1,06 em janeiro. Para este resultado ameno houve dois fatores que influenciaram: a alta menos intensa das frutas (2,67%) e a redução no preço das carnes (-0,08%).
Em dezembro, as frutas tiveram variação de 6,73%. Já as carnes apresentaram a alta de 3,58% na ocasião. Além do recuo no preço da carne, houve queda para o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%).
Apesar desses itens que puxaram para baixo a inflação de janeiro do grupo Alimentação e bebidas, a cebola e o tomate tiveram alta. Estes dois alimentos haviam recuado no mês anterior. O aumento de janeiro contribuiu para um impacto conjunto de 0,03 p.p.
Alta dos alimentos fora do domicílio
Ao contrário dos alimentos para consumo no domicílio, que apresentaram desaceleração na inflação, a alimentação fora do domicílio registrou alta.
O percentual passou de 0,77%, em dezembro, para 0,91% em janeiro. Um dos fatores para esta alta foi o lanche, que aumentou em 1,83%.
Variação nos últimos 12 meses
Ao considerar os 12 últimos meses, alguns alimentos influenciaram consideravelmente no orçamento do consumidor. A batata inglesa teve aumento de 67%. A cebola variou em 43,3%. Já o tomate, também presente nas compras cotidianas, subiu 40,90%.
Os mais afetados por esta variação foram as famílias de baixa renda. Diante do fim do pagamento do auxílio emergencial, o impacto tende a ser mais perceptível.
Apesar da alta desses itens, houve outros alimentos recorrentes do brasileiro que registraram queda. O óleo de soja teve o recuo de 96,20% no valor. Já o leite longa vida teve a diminuição de 25,69%.