Bolsonaro volta atrás e pode manter o auxílio emergencial para milhares de brasileiros. Nessa segunda-feira (08), lideres do governo federal retomaram os debates sobre o possível retorno do coronavoucher. Segundo Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, a proposta está sendo negociada com os ministros e deverá ser publicada em breve.
A decisão de renovar ou não o auxílio emergencial tem sido uma das principais pautas do governo federal. Inicialmente, o presidente Jair Bolsonaro teria descartado a proposta, porém voltou a renegociar tendo em vista os interesses políticos ligados há manutenção do projeto.
“Estamos negociando com [os ministros] Onyx Lorenzoni [Cidadania], Paulo Guedes [Economia], Rogério Marinho [Desenvolvimento Regional], entre outros, a questão de um auxílio ao nosso povo, que está ainda em uma situação bastante complicada”, afirmou Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Sabemos que estamos, Paulo Guedes, no limite do nosso endividamento. Devemos nos preocupar com isso. Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso. Caso contrário, não teremos como garantir que realmente o Brasil será diferente lá na frente”, defendeu o chefe de estado.
Expectativa positiva no Senado
De acordo com Pacheco, a pauta está sendo analisada de forma positiva e deverá entrar em vigor a partir do momento em que os ministros chegarem ao consenso sobre os desdobramentos econômicos da decisão.
“[Há uma] compreensão do Ministério da Economia de que é preciso atender esse reclame do Congresso Nacional, essa necessidade de assistir as pessoas com algum formato de assistência social análogo ao auxílio emergencial ou incremento de algum programa social existente, como o Bolsa Família”, disse o presidente do Senado.
Sobre a renovação do auxílio emergencial
Há uma expectativa de que ao menos metade dos contemplados pelo projeto em 2020 sejam desclassificados, para que a folha orçamentária seja reduzida. No que diz respeito as regras de inclusão, ainda deverão ser anunciadas.
“É preciso evidentemente compatibilizar uma forma de ajuda e auxílio com a responsabilidade fiscal, com o equilíbrio das contas públicas. E eu estou com muita expectativa, positiva mesmo de que a gente tenha uma solução disso nesta semana”, afirmou Pacheco.