Greve dos caminhoneiros divide profissionais e pode perder forças no protesto

A possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros, como ocorreu em 2018, era real, até que entidades de transporte se viram em posições opostas quanto a essa decisão. A greve aconteceria nesta segunda-feira (1).

Greve dos caminhoneiros divide profissionais e pode perder forças no protesto
Greve dos caminhoneiros divide profissionais e pode perder forças no protesto (Imagem: Reproduçao/Google)

O Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas (CNTRC) é uma das entidades que apoia a greve e se organiza para que ela aconteça.

Já Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), negam participação no movimento.

Assim como ocorreu em 2018, a greve não tem data marcada para acabar. Segundo Plínio Dias, presidente da CNTRC, a redução ou zeragem do PIS/Cofins sobre o diesel, uma das motivações da greve, não seria suficiente para encerrar o movimento.

Plínio defende ainda que o principal problema enfrentado pelas entidades é sobre a política de paridade ao preço internacional adotado pela Petrobras.

Sobre as duas pautas, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, negou aprovação. Em entrevista ao Estadão, disse:

“Quem (teria a culpa) de desabastecimento do País se o movimento prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria.”

Do outro lado da disputa, a Abrava e a CNTA negam participação justificando o atual cenário pandêmico no país. Sobre isso, o presidente do CNTRC garante que a manifestação aconteceria “dentro da lei”.

“Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um País democrático e está na Constituição o direito de fazer manifestação livre”, defende Plínio.

Vale lembrar que uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro proíbe o bloqueio da rodovia BR-101. Em São Paulo, a proibição vale para a Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga SP ao RJ.

YouTube video player
Sair da versão mobile