Apesar das dificuldades enfrentadas no Brasil durante a pandemia de covid-19, o país gerou 142.690 empregos em 2020. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) o saldo de geração de emprego foi de 15.166.221 admissões, e de 15.023.531 desligamentos ao longo do ano passado.
O saldo positivo de geração de emprego no país confirma a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele destaca que, mesmo com a queda de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), houve a criação de novos empregos.
O Brasil teve uma retomada considerável dos empregos formais a partir de julho. O mês de novembro foi o com melhor saldo. O ministro destaca a criação do Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm) como um dos fatores para auxiliar o país durante a pandemia de coronavírus.
Segundo ele, o BEm preservou 11 milhões de empregos em 2020. O programa possibilitou que os funcionários fizessem acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos.
Conforme os dados atualizados até dia 31 de dezembro, o programa possibilitou 20.119.302 acordos entre 9.849.115 empregados e 1.464.517 empregadores no país.
Após cinco meses seguidos de resultados positivos, o mês de dezembro teve o fechamento de 67.906 vagas formais de trabalho. Apesar do resultado negativo no último mês de 2020, houve menos perda de empregos que em 2019, quando teve fechamento de 307 mil vagas.
Geração de emprego por região
Das cinco regiões do Brasil, quatro tiveram saldo positivo. As regiões com resultados positivos foram Sul (+ 85.500 postos); Norte (+ 62.265 postos); Centro-Oeste (+ 51.048 postos) e Nordeste (+ 34.689 postos).
A única área do país que teve resultado negativo foi o Sudeste, com a redução de 88.785 postos. Este número representa uma queda de 0,44%.
Geração de emprego por setor
Segundo os dados do Caged, quatro dos cinco grupos de atividades econômicas tiveram saldo positivo no nível de emprego.
Os setores com resultado positivo foram os de construção (+ 112.174 postos); Indústria geral (+ 95.588 postos); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+ 61.637 postos); e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+ 8.130 postos).
O único setor que teve resultado negativo foi o de serviços, com a diminuição de 132.584 postos.
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