Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na última semana, que o governo tentará fazer a reforma tributária no decorrer deste ano, e negou que a finalidade é a de elevar os impostos. O presidente afirmou que caso a reforma cause um aumento dos tributos é melhor deixar da forma que está.
A reforma tributária é uma das apostas do atual governo para a recuperação da economia após a pandemia do coronavírus.
O presidente disse que atualmente as empresas “gastam muito tempo e dinheiro” com os cálculos de prestações de contas e, por este motivo, o objetivo do governo é “simplificar” o sistema.
“Vamos, se Deus quiser, fazer a reforma tributária no corrente ano. E o que eu falei com o Paulo Guedes? Eu não sou economista, mas fazer as quatro operações a gente sabe fazer. No final das contas, não podemos ter majoração da carga tributária, senão deixa como está”, explicou.
Na última quinta, 20, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse reconhecer que existem conversas a respeito da criação de um novo imposto nos moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Porém, que só irá apoiar a iniciativa se houver medidas compensatórias, como a desoneração da folha salarial.
De acordo com fontes ligadas ao governo, Paulo Guedes, ministro da Economia, irá reapresentar a proposta do novo imposto somente se o deputado Arthur Lira (PP-AL), que é candidato à presidência da Câmara, vencer a eleição que será realizada no mês que vem.
O presidente falou também sobre a importância de manter uma boa relação com o Congresso, pois isso é mais uma garantia que os projetos do governo sejam pautados. Bolsonaro se queixou de uma medida provisória de regularização fundiária ter caducado e e garantiu que vai representá-la em 2021.
“Hoje em dia estamos tendo um bom relacionamento com Câmara e com o Senado”, disse o Bolsonaro, sem citar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu desafeto político.