São Paulo tem alta de 24% no valor da cesta básica; confira itens mais caros

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que realiza a Pesquisa Nacional de Preços de Alimentos, apontou que em São Paulo o preço da cesta básica do mês de dezembro foi o maior registrado nos últimos 19 anos. 

São Paulo tem alta de 24% no valor da cesta básica; confira itens mais caros
São Paulo tem alta de 24% no valor da cesta básica; confira itens mais caros (Foto: Google)

O preço subiu 24,67% em relação ao ano anterior, com uma alta acima da inflação oficial que foi divulgada entre os meses de janeiro e novembro de 2020, na época de 3,13%, segundo a medição do Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo (IPCA).

A cesta básica reúne os alimentos necessários para as refeições de uma pessoa adulta. No ano passado, boa parte dos produtos que fazem parte dela teve uma elevação de preços em todo o país.

De acordo com o Dieese, a alta do preço na cesta na capital paulista, no ano passado, teve o maior aumento anual registrado pela pesquisa desde o ano de 2002, quando a cesta subiu 23,43%.

A supervisora de pesquisa do Dieese, Patrícia Lino Costa disse que o problema é na oferta.

“O que observamos é um problema de oferta, seja por problemas climáticos ou por crescimento de exportação. Então é preciso agir na oferta para que o preço não suba muito e a quantidade vendida no país não diminua”, afirmou.

Variação de preços na cesta básica 

No mês de dezembro, a cesta chegou a custar R$631,46 em São Paulo, o preço médio mais caro que foi registrado entre as capitais do país. 

Em Aracaju, foi encontrado o preço mais baixo entre as capitais, no mês de dezembro, quando chegou a R$453,13.

O valor correspondeu a cerca de 53,45% do salário mínimo bruto vigente, que era de R$1.045. Este foi o maior percentual observado desde 2008, quando o preço da cesta chegou a 57,68% do salário mínimo naquele ano.

Neste período o Dieese considera o valor do salário líquido, o preço da cesta em São Paulo passa para 65,33% do salário mínimo.

Levando em conta a cesta básica, o órgão estimou que o salário mínimo deveria ser equivalente R$5.304,90, ou seja, 5,08 vezes maior que o valor vigente. 

Esse cálculo é realizado levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

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