O ano de 2020 foi marcado por uma grande crise financeira agravada pela pandemia de covid-19. Para dar suporte às famílias mais pobres, o governo criou o auxílio emergencial. No entanto, com o fim do programa, milhões de beneficiados terão que encontrar alternativas para lidar com as despesas.
Fim do auxílio emergencial reflete no bolso do brasileiro; como encontrar uma solução? (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)Recentemente, o Brasil tem apresentado aumento no número de infectados pelo covid-19. Para conter a transmissão, os governos têm aumentado as restrições de mobilidade. Como resultado, a economia tende a diminuir o crescimento.
Para tornar a situação de diversas famílias, 48 milhões de pessoas não terão ajuda financeira do governo. Esta semana, o último pagamento auxílio emergencial foi feito para 3,2 milhões de pessoas.
Segundo o Ministério da Cidadania, os pagamentos para o próximo ano só serão feitos devido às contestações administrativas e extrajudiciais, além de decisões judiciais.
De acordo com a pesquisa Datafolha, feita entre os dias 8 a 10 de dezembro, o auxílio emergencial é a única fonte de renda de 36% das famílias que receberam pelo menos uma parcela este ano.
Com o corte do auxílio pela metade, os beneficiados tiveram que cortar os gastos. Segundo dados da pesquisa, 75% dos beneficiados tiveram redução na compra de alimentos. Foi apontado que 57% tiveram diminuição no consumo de água, luz e gás.
Para tentar atenuar a redução total da verba para as famílias mais vulneráveis, o Ministério da Cidadania planeja o retorno do Bolsa Família. Este programa atendia 14 milhões de famílias até março.
No entanto, pagamento médio tem sido de R$ 190. Como resultado da volta do programa, as famílias mais pobres terão menos dinheiro disponível ao longo dos meses.
Senadores buscam a prorrogação do auxílio emergencial
Apesar da indicativa do governo em encerrar o auxílio emergencial, os senadores buscam formas para que o benefício siga acontecendo em 2021, conforme indicado pela Agência Senado.
Por meio do PL 5.495/2020, os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP-SC) apresentam a proposta de extensão do auxílio e a prorrogação do estado de calamidade pública até o final de março de 2021.
Segundo a proposta, o auxílio seria no valor de R$ 300 ou R$ 600, de acordo com a condição da pessoa.