Bolsa Família 2021: O que vai mudar no pagamento a partir de janeiro?

Com a impossibilidade de criar um programa que substituísse o Bolsa Família, o presidente Bolsonaro (sem partido) decidiu continuar com o programa de transferência de renda para o próximo ano. Porém, o governo pretende ampliar o Bolsa Família 2021.

Bolsa Família 2021: O que vai mudar no pagamento a partir de janeiro?        
Bolsa Família 2021: O que vai mudar no pagamento a partir de janeiro? (Imagem: Reprodução/Google)

Após as tentativas de substituir o Bolsa Família pelo Renda Brasil e o Renda Cidadã, o governo agora pretende ampliar o programa já existente, já que não há fundos para custear as duas propostas apresentadas pela equipe do atual presidente.

Diante disso, as ampliações iniciam com o valor reservado para o programa no ano que vem que teve um aumento de 18% passando para R$ 34,8 bilhões. Com isso, a ideia é passar da média de R$ 192 pagos aos beneficiários para R$ 200.

O governo também pretende ampliar o número de beneficiários do programa incluindo mais 300 mil famílias. Atualmente, 14,2 milhões de famílias recebem a ajuda financeira, porém, a lista de espera chega a quase um milhão.

Outra proposta de ampliação é acrescentar méritos, voltados para estudantes que tenham destaque no rendimento escolar ou em atividades esportivas dentro da escola. A ideia é que essas crianças recebam um bônus no final do ano de R$ 1.000.

A outra sugestão é o auxílio creche de R$ 52 repassados as mães que voltaram ao mercado de trabalho e possuem crianças de até 3 anos. A ideia é ajudar no pagamento da creche particular em caso de não existir vaga nas públicas ou ajudar nas despesas geradas com o filho.

A proposta gerou muitas críticas, pois o valor é muito inferior ao cobrado nas creches particulares. Por exemplo, a média cobrada nas instituições no estado de São Paulo, onde se concentra o maior número de mães que precisam da ajuda, é de R$ 400.

O programa de microcrédito já foi apresentado pela Caixa Econômica Federal que pretende dispor de R$ 10 milhões para ofertar aos beneficiários do Bolsa e do auxílio emergencial. A ideia é disponibilizar empréstimos de R$ 500 e R$ 1.000 para os microempreendedores.

Todas essas propostas são apenas ideias discutidas entre o presidente e sua equipe econômica. A expectativa é que nos primeiros meses do ano sejam apresentadas e confirmadas. Diante disso, outras propostas podem aparecer.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.